Os Seis Meninos Prodígios

Os Seis Meninos Prodígios

Era uma vez seis meninos bastante matreiros “vivos, espertos e promissores”. Com uma visão de querer levar vantagens em tudo, assim foram ao meio Rural e por R$ 100,00 (cem reais), compraram um bezerro do Sr. Alberto Correa, um pequeno fazendeiro, informando que a compra do bezerro, era com o objetivo deles (seis meninos) tornarem-se grandes agros pecuaristas. O começo era criar o bezerro até a idade de corte e vendê-lo por R$ 1.000,00 (mil reais) e com esse dinheiro compraria mais 10 bezerros, com o mesmo raciocínio dentro de alguns anos, conseguiriam seus objetivos. .

Por falta de capacidade nos cuidados com o animal, por incompetência individual nas responsabilidades de alimentação do bezerro e a ganância de tornar o bezerro boi gordo em curto prazo, levaram os seis meninos a administrar excesso de ração sem o mínimo critério de balanceamento, achando que o fim justificam os meios, o importante e tornar o animal no ponto de corte. Mas não deu certo o animal se intoxicou e acabou morrendo.

O desespero se alastrou entre os seis meninos. Vivos e promissores, não poderiam cair numa dessa. Como iriam justificar diante dos amigos e camaradas de lutas, tamanho fracasso. Com que caras eles iriam encarar os parentes uma vez que eles gozavam da fama de serem os mais inteligentes dos companheiros, meninos de futuros dessa nação carente..
E agora o que fazer? Como vivos que eram, reuniram numa Sala em Pátio Mesanino em Bairro, no meio Rural, junto com a Divisão Nacional de Atribuições, afim de recuperar os prejuízos e fortalecer financeiramente o sistema que lhes pertencia, que era chamado de Parceria Tradicional, de âmbito Universal. Depois de sete dias de confabulações, chegaram a um acordo genial, digno do padrão de vivacidade do grupo. Tiveram a brilhante idéia de rifar o bezerro morto, como um boi no ponto de corte. Fizeram 5.000 bilhetes a R$ 10,00 cada e passaram os bilhetes para todos os simpatizantes do sistema Parceria Tradicional (em forma semelhante aos dízimos das igrejas).

Para o premio, escolheram um caboclo simples, humilde para assumir um papel de laranja, ou seja, iria receber a quantia de R$ 100,00 (cem reais), para alardear que recebeu um boi gordo, pesando 4,5 toneladas. No sorteio no dia marcado no meio Rural, deu-se o sorteio, embora sem a presença do boi, o caboclo cumpriu a palavra e espalhou para os quatro cantos do Brasil, que aqueles meninos eram de futuro, eram os meninos mais vivos em todo o Brasil

Trinta e cinco anos se passaram, o Sr Alberto Correa, encontrou-se com os seis senhores, (os garotos de outrora), e lhes perguntou:
– E então, o que aconteceu com o bezerro?
– Houve um acidente o bezerro morreu, mas tivemos a
inteligência de rifá-lo como boi de corte, fizemos e
vendemos 5.000 números a R$ 10,00 cada, e
arrecadamos R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).
– Conseguiram vender todos os bilhetes?
– Foi fácil. Os camaradas são muito unidos. falamos que
era para o bem de todos, como gozamos de muita
confiança no grupo e na ânsia de cooperar compraram
todos os bilhetes
– E ninguém reclamou o prêmio?
-Arranjamos um laranja com ganhador, e demos a ele
R$ 100,00 (cem reais), e ainda, ganhamos famas de
sermos os mais vivos do nosso Brasil.

Hoje aqui estamos, como os mais bem sucedidos homens desse Brasil;
Querem saber quais são as figuras importantes que os seis meninos se tornaram?
São eles Lula, Valério, Zé Dirceu, Delúbio, Silvinho e Edir Macedo.
Estas figuras administram um banco chamado Rural, criaram duas empresas de publicidade chamadas SMP&B e DNA, fundaram uma igreja chamada Universal e formaram um partido político chamado PT
.

Salvador 08 de agosto de 2006

Charrir Kessin de Sales _ OJÉNNA