Festival dos Pinóquios

Festival dos Pinóquios

Creio que todos conhecem a Sbórnia, já comentado por mim, no artigo “Congresso de Sbórnia”. Trata-se de um país meio complicado, devido à ética e à moral dos seus governantes, estarem comprometidas e também, nunca sabem de nada e seus auxiliares praticam abertamente o fisiologismo.
Está havendo eleições para os diversos cargos na República da Sbórnia, são 29.000 candidatos, concorrendo de maneira estranha às eleições, dado o número de corruptos (confirmados) que vão concorrer às reeleições.

Na Sbórnia está havendo uma varredura nos três poderes, graças aos esforços concentrados dos jovens Procuradores e Promotores sborneiros, que não medem esforços para investigar e denunciar muitas “gangs” infiltradas nos respectivos poderes, as quais, estão usando um balcão de negociatas, onde o toma-lá-dá-cá, atua em pleno vapor, transformando a República da Sbórnia num gigantesco mercado de “troca de favores” envolvendo todo tipo de executivos quer da área pública quer da área privada, o jargão é o mesmo; – “o fim justifica os meios o importante é levar vantagens em tudo, os eleitores e os contribuintes jamais irão perceber nossas inteligentes jogadas”-.
Para desatar os nós feitos pelos políticos sborneiros nos três poderes, os Procuradores e Promotores vivem sobrecarregados de trabalhos investigativos nessas negociatas, em diversas operações, tais como; adnocana, agusseugnas, oãlasnem, ognib, soierroc e muitas outras. Preocupados com a avalanche de políticos “vivos”, que poderão retornar à administração do País e devido o clamor público dos sborneiros, esses ícones da moralidade, resolveram fazer um relatório, explicitando todos os problemas da Sbórnia, nas áreas da saúde, educação e segurança, situações dos hospitais, o crime organizado, o tráfico de drogas, a impunidade parlamentar, o analfabetismo, o corporativismo nos três poderes, os salários vultuosos dos políticos, a morosidade da justiça, os excessivos gastos da máquina administrativa e outros conforme páginas de Jornais e de Revistas sborneiras, publicadas naquele país, vítima da ganância desenfreada da capitalocracia.

O povo sborneiro tem consciência dos problemas do País há
n-centos anos e sonha que um dia, aparecerão alguns políticos que venham resolver os graves problemas da República da Sbórnia.
São 29.000 candidatos aos diversos cargos políticos em toda a Sbórnia, cujos ônus das despesas de campanha, a Sbórnia banca com muita tranqüilidade, já que seus administradores são exímios articuladores nas articulações financeiras.
As apresentações dos 29.000 candidatos são feitos graças à franquia, em rede de televisão sborneira, com tempos proporcionais, ao grau de importância do grupo ou da facção.
Os sborneiros contribuintes, são obrigados a assistirem em horários nobres, o “Festival dos Pinóquios”.

Esses candidatos sborneiros, parecem estranhas ao País, falam como se fossem estrangeiros recém chegado à Sbórnia, que acabaram de tomar conhecimento dos desmando administrativos, explicitados nos relatórios dos Procuradores e Promotores, decoraram o relatório e alvoroçados nas suas autoridades como “salva-pátria”, ficam “vomitando” em falácias repetitivas, os seus respectivos propósitos, com os quais, prometem resolver com facilidades os problemas crônicos de infra estrutura da República da Sbórnia, problemas esses, que os sborneiros estão cansado de saber, e o pior, dizendo as mesmas propostas que outros “candidatos sborneiros” já vem falando há n-centos anos em outras campanhas eleitorais, desde que o Homem de Neandhertal era sborneiro.

O estranho é que esses candidatos, já convivem com os problemas da Sbórnia desde a adolescência, a maioria são políticos há mais de 15 anos, nunca apresentaram soluções para os respectivos problemas enfocados por eles, nessa campanha atual. Agora, julgando mais experientes eles vêem as verdadeiras chances de fazer tudo aquilo que o sborneiro sonha que seja feito, ou seja, restabelecer os padrões ético e moral, das classes dos três poderes da República da Sbórbia, proporcionar um padrão social fraternal e melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados aos sborneiros.

A amnésia política, defeito da matéria prima sborneira (eleitor), sempre ajudou os candidatos oportunistas que falam com muita eloqüência e convicção dos problemas que o sborneiro está “careca de saber”, mas eles declaram abertamente que desta vez, eles vão cumprir seus propósitos, suas promessas e vão corrigir as distorções que atravancam a evolução social, a segurança, a geração de emprego e o crescimento sustentável da economia Sborneira.

É isso aí.
Você seria capaz de dizer porque a Sbórnia chegou a esse estágio? Será porque na Sbórnia também tem essa democracia, que mais parece capitalocracia?

Salvador 13 de setembro de 2006

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA

Editado por – Charrir em 27 Setembro 2006 00:15:51