Coisas de Sábios Religiosos

Coisas de Sábios Religiosos

1 – O Geóide Paralelepípedo
O Monge Cosmas (486- 561), Teólogo estudioso, pesquisador de astronomia e da topografia da Terra. Preocupado pela teoria “herege” do Heliocentro, que circulavam no meio religioso, resolveu ir a fundo nesses assuntos para estabelecer a verdade para todos, uma vez que ele se julgava inspirado por Deus para esta missão. Com sua “inteligência” e perspicácia, após 11 anos de estudos, chegou a conclusão que a Terra não tinha pólo Sul nem pólo Norte, pois tinha o formato de um gigante paralelepípedo, cujo comprimento, era o dobro da largura, e a altura, era a metade da largura. Para receber a proteção, Deus, criou uma cúpula azulada que vemos ao olhar para cima, com essa concepção, o Monge escreveu “Geografia Cristã”, que foi muito divulgado entre os cristãos da época, havendo sugestões para que esse livro entrasse nos livros da Bíblia como um Livro Sagrado de autoria de “São Cosmas”.
Em 535 O Papa Agapito I (papado 535) acatou e emitiu a “Bula Papal”, aprovando o estudo do Monge Cosmas, que era seu auxiliar para estudos de Geografia Cristã. Os fiéis que liam a obra, elogiavam a grande verdade que o Monge Cosmas, descobriu. Haviam muitos fiéis, que julgavam com ser São Cosmas, o qual, com a descoberta dessa verdade, estava muito próximo de ser “o Messias”, que todos estavam esperando voltar.

2 – O Geóide Plano
Em 991, O Papa João XV (papado 985 – 996), era um estudioso aficionado da Geografia Cristã do Monge Cosmas. Quando jovem, despertou nele, uma vontade de descobrir a verdade sobre a forma da Terra. Todo seu estudo baseou-se, na obra mais importante do assunto dentro da religião, que era os estudos geográficos do Monge Cosmas. Tornando-se o Papa João XV, assumi o dever consigo mesmo, de revelar ao mundo a verdadeira forma da Terra. Após seis anos de profundas pesquisas, emitiu uma Bula Papal, em 991, estabelecendo que o Universo resumiria neste Plano Terra, que era plana, com a forma de uma circunferência, com a proteção de Deus, nesta Cúpula azulada, que vemos quando olhamos para cima, fora desses limites era imaginação do “satanás”.
Quem não aceitasse essa “verdade”, era condenado às torturas até a morte. Alertado que para essa teoria da concepção do Universo, deveria haver provas, afim de fazer justiça, nas condenações às torturas. Querendo realmente fazer justiça (sic…) e provar sua verdade, criou uma comissão, formada por cinco Bispos, os mais sábios, para provar que a Terra era plana e circular, para isso, eles (os Bispos), deveriam viajar numa única direção, até encontrar o limite da Terra com o Céu.
Esses Bispos, só voltariam quando localizassem o encontro da Terra com o Céu, no horizonte, onde limitava todo o Universo.
Dois anos depois, no ano 993, os cinco Bispos voltaram ao Vaticano, todos com “hematomas” em lugares diferentes na Cabeça e com as seguintes justificativas: “ao encontrarem o “tal encontro”, tentaram ir mais adiante, aí…. bateram com a cabeça violentamente no Céu, recebendo de Deus estes castigos.

3 – A Religião Apoiou a Escravidão
Santo Agostinho (354 – 430), considerava que a escravidão era um castigo de Deus pelos pecados que ele cometeu.
São Tomás de Aquino (1225 – 1274), considerava a escravidão uma conseqüência, que terão que ser cumpridas pelo pecado de Adão.
Santo Anselmo (), estabelecia que os filhos de escravos deveriam permanecer escravos, uma vez que, os pais não conseguiam pagar todos os pecados que carregava.
A Igreja Católica utilizava a escravidão para impor castigos aos infiéis, com a justificativa de que a escravidão era uma maneira de purificar os pecados.
Durante o século XIII, com a intensificação do Comércio Marítimo, o tráfico de escravos atingiu o apogeu dos negócios lucrativos, pelos genoveses e catalães e outros Piratas da época. Muitos comerciantes de escravos, eram vinculados à igreja católica, como participante em eventos religioso ou sociedades com o Vaticano.
Em 1249, o Papa Inocêncio IV (papado 1243 -1254), “estimulado” pelos altos comerciantes de escravos negros, devido os altos lucros nas negociatas, tranqüilizar os proprietários dos grandes estoques de escravos e estimular os compradores, emitiu a Bula Papal Estabelecendo que:
1 – Negro não tem Alma, escravizá-lo seria um ato de caridade.
2 – Com 20 anos de escravidão o Negro adquiria Alma e o
direito ser batizado.
3 – Se for fiel ardente, com mais 20 anos de escravidão,
poderia até ser salvo.
Esta Bula Papal, elevou a cotação do escravo Negro, no mercado de escravos, em 207% e fez muitos milionários da noite para o dia, italianos e espanhóis que comerciavam escravos.

4 – A Religião condenou aulas práticas de Anatomia 
Leonardo da Vinci (1452 -1519), italiano, pintor, cientista, médico, inventor, pesquisador, sendo um dos maiores gênios desse planeta.
Em 1493, Leonardo procurando transmitir aos seus alunos, seus conhecimentos sobre:
A anatomia.
A estrutura do corpo humano.
As funções dos órgãos internos.
Utilizou nas suas aulas práticas, o bisturi para desossar os cadáveres, o que facilitaria a compreensão da estrutura interna dos seres humanos.
Após o entusiasmo da descoberta desta prática, pelos alunos, o nome de Leonardo passou a ficar em evidências, chamando a atenção dos religiosos beatos (bajuladores do Papa), que não viam com bons olhos aquele procedimento com os mortos.
Em 1495, o Papa Alexandre VI (papado 1492 a 1503), alertado pelos beatos, sobre uma desobediência das coisas de Deus, a violação de cadáveres por Leonardo, indignou-se e convocou os Bispos mais influentes para analisar o procedimento. Após sete dias, de reuniões fechadas, chegaram à conclusão que, o procedimento era obra de Satanás, pois estava desmontando o esqueleto humano, uma obra montada por Deus.
Concluíram que: – “ era pecado desmontar um esqueleto humano, porque dificultaria o trabalho de Deus, ao remontar, esse mesmo esqueleto, no dia do Juízo Final”-.
Criou-se uma classe clandestina, para aqueles que quisessem estudar anatomia, teriam que fugir da igreja o tempo todo e os que foram apanhados foram condenados.
A situação persistiu até os anos de 1740.

5 – A Religião condenou o Pára Raios
Benjamim Franklin (1706 -1790), escritor e inventor norte americano, .após várias experiências com eletricidade, empinando um papagaio, descobriu que o raio é uma descarga elétrica. Após o entusiasmo da descoberta, passou a analisar a possibilidade de evitar os estragos provocados pelos raios. Análises estas, que o levou a inventar, em 1752, o Pára-raios.
Em 1753, o Papa Benedito XIV (papado 1740 a 1758), sabendo da invenção do pára-raios, indignou-se e convocou os Bispos mais influentes para analisar o invento, após sete dias, de reuniões fechadas, chegaram à conclusão que, o invento era obra de Satanás, pois estava querendo impedir a vontade de Deus, concluíram que: – “ era pecado o homem querer impedir a vontade de Deus, de mandar um raio cair num pecador para castigá-lo”-.
Com a pressão da ciência, da sociedade e o fato de estar morrendo muitos tocadores de sino, durante as chuvas, levaram o problema para o novo Papa, o Clemente XIII (papado 1758 a 1769), que temendo perder fiéis, convocou os Bispos mais influentes e após onze dias de reuniões fechadas, aprovaram, em 1761, o uso do pára-raios.

6 – A Religião atravancou a evolução dos transportes
Até por volta dos anos 1810, os meios de transportes, eram Cavalo, carroça.e jangada.
Na inauguração da locomotiva em 1820, na Europa, os jornais publicaram, com estarrecimento, que a locomotiva iria mover-se com a “incrível” velocidade de 36Km/h (trinta e seis quilômetros por hora). A notícia caiu como uma bomba no Vaticano. O Papa Pio VII (papado 1800 a 1823), preocupado com os princípios religiosos e achando que o homem estava ultrapassando seus limites, convocou todos os bispos da época para analisar o evento a luz da religião e proibir tal façanha. Após sete dias de reuniões às portas fechadas, decidiram por unanimidade, que: “tal velocidade só o satanás poderia resistir e quem conseguisse mover com tal velocidade, estaria endemoninhado”. Com base neste consenso, o Papa emitiu uma bula papal, considerando o evento um desafio à Deus e os que participassem seriam considerados hereges.

7 – A Religião condenou a Anestesia
Em 1846, William Thomas Green Mortom (1819 – 1868), dentista norte americano, após estudos experimentais com pacientes, desenvolveu um processo com o éter, como anestésico, realizando pela primeira vez, em 1846, uma demonstração em pública do seu processo. Continuando a desenvolver seu processo, pesquisando outros produtos, chegou até a matéria básica da anestesia, que é o clorofórmio. Desenvolvendo os estudos de William Mortom, o médico John Snow, aperfeiçoou o processo do clorofórmio, de tal maneira que, em 1853, pode ser administrado o processo de anestesia por clorofórmio na Rainha Vitória, durante o nascimento do Príncipe Leopoldo, poupando as dores do parto.
No mesmo ano, o Papa Pio IX (papado 1846 a 1878), sabendo que a Rainha Vitória, deu a Luz sem sentir dor, revoltou-se, e inicialmente, queria excomungá-la, mas foi contido, aceitando as sugestões dos Cardeais, para decidir o destino da Rainha, através de reuniões com os bispos mais influentes da época. Foram convocados os Cardeais e os Bispos, para analisarem o abominável ato da Rainha, para tomarem medidas urgentes, para evitar a influência do satanás, no meio católico. Após três reuniões, chegaram a um consenso, baseado na Bíblia:
Consideraram um ato pecaminoso de parceria com o satanás, o ser humano, não poderia impedir que Deus deixasse de cumprir o que falou em Gn 3, 16, -“se Deus deu a dor à mulher”, ela tinha que sofrer durante o parto, a palavra de Deus está na Bíblia….”com dores terás filho”. Justificaram que essa dor é o castigo que a mulher terá que sofrer, para cumprir as escrituras.

8 – A igreja condenou a penicilina 
Em 1928, Sir Alexandre Fleming, Bacteriologista inglês, em suas pesquisas, descobriu a penicilina. Foi uma revolução no mundo europeu, tornou-se a era dos antibióticos, isto é, a cura de numerosos males, até então desconhecidos, por serem causados por vírus e bactérias invulneráveis aos tratamentos da época.
Sabendo das curas pelo processo da penicilina, os Bispos protestantes da época, se revoltaram e sob a liderança do teólogo protestante, Karl Barth (1886 – 1968), o mais influente protestante da época, tornando o centro das atenções em todos os assuntos protestantes, por mais de trinta anos, de 1921 a 1955.
Em 1929, Barth aliando a Emil Brunner (1889 – 1966), um teólogo suíço, de muita influencia nos assuntos protestantes, convocaram cerca de 263 bispos, para julgar o efeito da heresia do Dr. Fleming na humanidade.
Depois de sete dias de reuniões em restrito fechado, chegaram a conclusão que: Fleming era um herege alquimista, que estava querendo desmoralizar a Bíblia, procurando justificar as pessoas endemoninhadas, com “bichinhos” que ele os chamam de vírus, bactérias, atuando internamente em cada um, que poderiam ser curadas com a sua descoberta da penicilina. Consideram isso um absurdo, contrário às palavras de Deus, escritas no Novo Testamento e que esse tal de Fleming, era um herege, e que, só e somente o exorcismo e o poder do sangue de Jesus, poderiam curar as pessoas endemoninhadas, como está bem explícito no Novo Testamento, nas curas que Jesus fazia.

9 – A Igreja protestante não aceita transfusão de sangue.
Em 1942. o Dr Robert Antony Kilduffe e Dr. Michael De Backey, fizeram um estudo sobre a hemoterapia, tratamento com transfusão de sangue, publicando um trabalho “A Técnica terapêutica das transfusões”, trabalho este que revolucionou a medicina com a qualidade e eficiência das transfusões sangüíneas. A notícia abalou os meios religiosos, principalmente a ala do protestantismo.
Os Bispos das igrejas protestantes, se revoltaram, iniciando um movimento para coibir definitivamente o uso das transfusões.
Em 1943, o movimento protestante ganhou adeptos e partiram para a campanha, visando boicotar os estudos dos Drs. Kilduffe e Backey, pichando-os de hereges.
Liderados pelo Teólogo suíço, Emil Brunner (1889 – 1966), e com o apoio do Teólogo Americano Reinhold Niebuhr (1892 – 1971), se reuniram com 166 Bispos e após onze dias de reuniões, chegaram a seguinte conclusão:
1 – Só o sangue de Jesus tem poder para salvar.
2 – Sangue de pessoas, estão cheios de pecados e quem
receber, receberá uma carga muito grande de pecado, cuja
quantidade, levará o receptador para o inferno.
3 – Os trabalhos dos Drs. Kilduffe e Backey, são trabalhos
hereges de pessoas de endemoninhadas, que não
reconhecem que, só o sangue de Jesus tem poder.
Se estes dois doutores não se retratarem, perante a
verdade de nossa Igreja, estarão condenados a arder,
eternamente nas chamas do enxofre do inferno.

Salvador 09 de agosto de 2006

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA