Bóia Fria ou Delinqüente…eis a questão

Olá amigos leitores, eis-me com mais um artigo polêmico. Abraços…charrir.

Bóia Fria ou Delinqüente…eis a questão

Vamos analisar o paradoxo social brasileiro, que é estruturado nos seguintes segmentos:

1 – Hipocrisia social
2 – Religiões
3 – Justiça mal estruturada (refém do dinheiro)
4 – Direitos sem os respectivos deveres
5 – Direitos humanos adulterados
6 – Incompetências dos legisladores
7 – Vivacidade (falta de escrúpulos) de muitos Advogados.

Vamos aos fatos reais contados nestas duas histórias;

Primeira história
José da Silva, 40 anos, bóia fria, trabalha sanzonalmente, sua jornada diária vai das 05:00h às 19:00h, sem hora para o almoço, precisa cortar 12 toneladas de cana a R$ 2,00 por tonelada, ou seja, ganha R$ 24,00 por uma jornada de 14 horas de trabalho. O trabalho é violento, requer muita saúde e disposição, alem de enfrentar animais peçonhentos dos habitats dos canaviais.

Esses bóias frias, não gozam de nenhum direito, roupas, botas, luvas, óculos, refeições, água, dentistas, nenhuma assistência médica, nenhum seguro saúde, nem instruções para prevenir acidentes e sua vida não tem nenhum valor, mas seu trabalho diário cortando 12 toneladas de cana, gera 1.740 quilogramas de açúcar (145kg/ton de cana), os quais são faturados pelo usineiro, por R$ 2.262,00, gerando impostos de R$ 904,80 para o governo, também pode produzir 1.020 litros de álcool, (85lt/ton de cana), os quais são faturados pelo usineiro, por R$ 2.150,00, gerando impostos de R$ 860,00 para o governo.

Segunda história
João da Silva, 35 anos, delinqüente, nunca trabalhou, sua jornada de sono vai das 21:00h às 09:00h, com 2,00h para o almoço e uma para o jantar, não precisa fazer nada. Assim são tratados os delinqüentes
Esses delinqüentes, gozam de vários direito, Advogados para defende-los, Direitos Humanos, Pastores e Padres, roupas, 4 refeições, dentistas, oculistas, psicólogos, assistência médica, banho de sol, televisão, hospital e segurança.

Nota 1:
No restaurante popular em São Paulo, a refeição custa
R$ 1,00.
Para os presos a quentinha custa R$ 12,00, com direito
a reclamar.

Nota 2:
Os delinqüentes ainda contam com as habilidades de
muitos advogados, que usam o jargão, “o fim justificam os
meios”, o importante é inocentar o cliente, mesmo que tenha
que mentir, atropelar a ética, a moral, mostrar as habilidades
e a inteligência nas manipulações das Leis, procurando
provar ser um ícone nos campos causídicos e ainda contam
com alguns juízes, que liberam indultos, hábeas corpus,
responder processo em liberdade e liberdade condicional.

Nota 3:
Um delinqüente custa R$ 8.370,00 por mês para a nação.
O calculo é feito tomando a verba R$ 2,56 bilhôes, destinado
ao sistema carcerário, atualmente (janeiro 2006) estimado
em 306.000. Neste valor estão embutidos todos os aparatos
policiais e parte do judiciário.
A capacidade do sistema carcerário é de 180.000 presos.
Tem cerca de 400.000 aguardando espaço no sistema, daí
o sistema judiciário demorar muito com os processos.
Existem cerca de 86.000 foragidos.
E a maioridade não passa para 16 anos, porque irão
aparecer mais 450.000 novos delinqüentes.

Resumindo:
José da Silva é um indivíduo que está produzindo,
ajudando com R$ 904,80, o país crescer, no entanto,
não recebe nenhum benefício do governo.
João da Silva é um indivíduo que atrapalha o crescimento
do país, só dando prejuízo (R$ 8.370,00 por mês),
recebe todos os benefícios do governo.

Este quadro tende a permanecer por longos anos.
Onde está a conscientização dos nossos governantes?
Faça uma reflexão sobre o assunto e tire suas próprias conclusões.

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA

Salvador 08 de agosto de 2006