As Faces da Vida

As Faces da Vida

Enquanto somos jovens, não somos grandemente afetados pelos conflitos da vida, pelas preocupações, pelas alegrias passageiras, pelos desastres físicos, pelo medo da morte e as distorções mentais que pesam sobre a geração mais velha. Felizmente, enquanto somos jovens, ainda não nos encontramos no campo de batalha da vida.

Nós vivemos ciclos de 7 anos e toda as mudanças em nossas vidas são de 7 em 7 anos.
Após os 49 anos (7×7), começamos a contabilizar problemas e à medida que envelhecemos, iremos acumular, problemas, angústias, dúvidas, lutas econômicas e conflitos familiares e internos. Se não compreendermos esta sistemática da vida, poderemos até nos desestruturarmos e chegar a uma depressão, questionando a nós mesmos, para encontrarmos o real sentido da vida, já que não estamos sabendo coordenar os acontecimentos que nos envolve.

Ficamos perplexos com os conflitos, com as dores, com a pobreza, com as corrupções dos políticos, com os desastres. Queremos saber por que algumas pessoas estão bem colocadas e outras não, por que um ser humano tem saúde, é inteligente, ao passo que outro é doente e não é inteligente.
Somos pouco exigentes, somos presos a alguma teoria ou crença,.e às vezes, a um hipótese sem lógica.

As respostas que nos impõem, nunca são verdadeiras. Concluímos que a vida é sinuosa, cheia de “labirintos”, difícil de ser compreendida, com altos e baixos, o que nos levam a questionar, mas sem muita estrutura própria, sem perseverança, sem inteligência intuitiva, às vezes, inocentes, quais as razões pelas quais, somos colhidos nas malhas de alguma teoria, crença, ou doutrina, tentando nos passar explicações que esclareçam as nossas dúvidas, no entanto criam um “emaranhado” de especulações que muitas vezes, só fazem complicar as coisas simples, nos induzido às adulterações das realidades de todo o contexto da vida.

Numa análise consciente, iremos notar que.as crenças em ídolos, dogmas e rituais, são referenciais inabaláveis na conduta da maioria, mostrando que, por trás dessas credulidades, está o medo enrustido do desconhecido.

Nunca enfrentamos o medo; procuramos nos defender com “escudos” religiosos nos refugiando em nossas religiões, seja o Cristianismo, o Confucionismo, Budismo, o Hinduísmo, o Islamismo, o Judaísmo, o Espiritismo, o Umbandismo e outras menos importantes.

As Religiões dividem os seres humanos em classes, às vezes antagônicas, levando a uma “guerra”, em busca de converter maior número de fiéis. Essas classes, padronizam seus Níveis de Estados de Consciências, numa verdade virtual, conforme o conjunto de rituais e dogmas, que agregam as compulsões manifestadas nas mentes de cada grupo, segregando cada grupo de acordo com esses Níveis.

Psiquicamente, somos involuntariamente, inquietos, mas o medo fala mais alto, nos tolhendo o desejo de buscar a verdade e tentar “decodificar” o significado de toda essa miséria, dessa violência, dessa corrupção desenfreada dos nossos políticos e essa busca desenfreada.ao dinheiro.

Nunca temos a necessária coragem para buscar no desconhecido, os complementos que nos possam ajudar, na busca da verdade, nem o vigor para questionar o que estão nos ensinando, nem a inocência para que, individualmente nos dirigirmos diretamente ao nosso DeusYHWH.

A Fé corrompe, porque trás valores aleatórios, selecionados por intermediários, com ideais de moralidade repetitivos, com referenciais retrógrados, os quais, não permite uma investigação acurada “de como chegou até nós”, esses referenciais. A falta de investigação, desenvolve em cada um, um Eu cada vez “mais adulterado” com falso poder de julgamento e separado de um Todo, que é o Campo Energético Unificado, DeusYHWH, ignorando que o Eu, seja parte deste mesmo Campo.
.
A massa acha que ter Fé em Jesus é religião.
Quem tem Fé em Jesus, é religioso, quem não tem Fé, em Jesus é ateu.
Nessas condições, a religião se torna uma questão de ter Fé, e a Fé atua como uma limitação sobre a mente, assim qualquer pequeno ponto de discórdia, que coloca em xeque sua Fé, o Fiel se agiganta em defesa desta Fé, com argumentos ingênuos, procurando compensar os aspectos da doutrina, que ele é moralmente obrigado a ter Fé, mesmo que essa Fé religiosa, seja de difícil compreensão para ele, e que ele, nunca poderá provar ou demonstrar o conteúdo dessa Fé.

Estes ensinamentos não são ocasionais no cristianismo, foi em nome desta Fé, que os fiéis justificaram muitos absurdos, na história da humanidade.

Então a mente fica comprometida com a sistemática religiosa e nunca terá liberdade. Só com liberdade de consciência, Empatia e perseverança poderemos conhecer o nosso DeusYHWH e a verdade. É quase impossível conhecer DeusYHWH, .através de um simples “ato de fé”, estabelecido pelas Religiões, como vemos em nossos dias.

A Igreja impõe ao ser humano, a Fé que ele deve ter em Deus e o que ele deve acreditar como verdade.
Com este comportamento, sua própria Fé, o impede de conhecer e compreender na realidade, o que seja DeusYHWH e o que seja a verdade.

A vida a nível Psíquico, é uma luta involuntária constante em que há tristeza, incompreensão, ambição, prazeres, alegria, tranqüilidade e outras emoções. A mente vulnerável, busca se apegar em algo, além de si mesma, que possa se identificar consigo e que solucione os seus conflitos…aí, aparece a Religião, oferecendo milagres, com o compromisso de ter Fé em algo superior, o qual, cada igreja tem um nome. Para o Cristianismo, é o Deus Pai, Deus Filho e Espírito Santo e a identificação do fiel com Estes Deuses, se dá exclusivamente pela Fé.

Mas este procedimento, considerado grandioso, cria especulação financeira e ainda valoriza o “eu”, projetando na mente do fiel, a possibilidade de escapar das tormentas da vida e garantir a salvação, uma salvação que a fundo, ninguém sabe “salvar o que?”, já que ninguém pediu para nascer. Lembrando que vivemos 80 anos neste Plano, e a tal salvação vai nos dar uma vida eterna (aposentadoria) no tal céu. Ora vida eterna, deve ser coisa de “n-septilhões de n-trilhões” de anos. O que representa 80 anos diante de “n-septilhões de n-trilhões” de anos. Veja a ingenuidade dos que pensam em salvação, viver 80 anos e aposentar eternamente.
Numa comparação grosseira “seria uma pessoa trabalhar 1 segundo como servente e viver como aposentado, ‘n-septilhões’ de n-trilhões menos 80” de anos, com todas as mordomias da aposentadoria de um Juiz, que foi presidente de um tribunal”. Vamos fazer uma reflexão sobre o assunto e cada um tire a conclusão conforme seu foro íntimo.

Esta identificação com aquilo a que ele chama de Deus, dá-lhe a sensação de estar protegido e uma importância vital que faz ele se sentir feliz. Portanto, a identificação dele com algo maior é um processo de auto-expansão, é ainda, a vitória da luta do “eu”.

Vivendo numa grande ou pequena cidade, levando uma vida com suas
lutas e conflitos familiares, o ser humano em estado de insatisfação, se condiciona com a cidade e como condicionado, ele se identificará com todos os habitantes e sentirá uma sensação de grandeza, de importância, uma satisfação psicológica, levando-o a dizer com orgulho: -….sou carioca……sou paulistano….sou tumiritinguense…sou nordestino…-
Com estes Níveis de Estados de Consciências, estarão dispostos a matar ou morrer ou se aleijar, em nome deste rótulo.

A religião, como geralmente a conhecemos, consiste numa série de dogmas, rituais, superstições. O comportamento dos fiéis, achando que a Fé, a adoração de ídolos ou de figuras ditas sagradas, a crença em amuletos ou em gurus, garantirão suas salvações, julgando ser esse comportamento, a meta fundamental da vida. Ignorando que estarão vivendo no mundo da ilusão, enganando a eles mesmos.
Será isso religião?
Religião é realmente uma questão de Fé?
Religião é uma questão de aceitação do conhecimento das experiências e asserções de outras pessoas?
Religião é prática da moralidade?
Religião pode simplesmente imitar um sistema moral?
Não esquecendo que, para cada resposta, há um Eu agressivo, crescendo, expandindo-se, dominando. Seria isso religião?

A busca da verdade é o que realmente importa, a partir disso, os complementos expandem automaticamente, até completar o Todo.
O ser humano competente, é aquele que experimentalmente descobre, o que realmente é DeusYHWH e o que é a verdade.
Essa experiência nunca será possível através de qualquer receita de bolo, Fé cega, adoração bajulativa, dogmas ou rituais, ensinados pelos intermediários. A mente competente, é livre de todos os gurus, mestres, ídolos, santos, profetas, inspirados e figuras que se intitulam representantes de DeusYHWH.

O ser humano precisa despertar a própria inteligência, não depender da competência de terceiros, para este despertar, que poderá ficar distorcido pelas influências destes intermediários.

É só pela inteligência nascida da liberdade, que o ser humano poderá descobrir, esta Essência Máxima de Energia Cósmica, revelada na unidade não fracionada, a qual, está atrás do mundo da separação, mostrando que aquilo que encontramos em nossas vidas diárias não são indivíduos distintos, mas sim a “resultante da somatória” das energias integrantes de um campo energético unificado, DeusYHWH.
Só então, será possível conhecer o Ente que poderá ser chamado de DeusYHWH.

Salvador 2 de junho de 2007
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA