A Trajetória da Consciência

A Trajetória da Consciência

Outrora, ha 4.800aC., o ser humano só tinha instinto. Não tinha consciência, nem memória, não era capaz de registrar nada

Por volta de 2.500aC., apareceu a consciência grupal, sem se preocupar com a lógica, a ética e a moral. Não havia pensamento isolado.
Eram grupos que se uniam para levarem vantagens, não havia ideais. Grupos estes, que só sabiam usar a consciência grupal..Quaisquer semelhanças com os atuais sindicalistas, os lobbystas, os Cartelistas, os corporativistas e os nossos políticos que praticam o Fisiologismo, é coincidência mesmo.

Por volta de 1.800aC., começaram a aparecer as consciências individuais, sem se preocuparem com a moral ou com a ética, uma consciência na base do fisiologismo, com imitação dos mais sabidos, sem nenhuma criatividade e sem nenhum registro.

Por volta de 1.200aC., a consciência começou a evoluir e apareceram os primeiros vestígios de Consciência Cósmica (que faz registro na memória para aprendizagem), com criatividade. Infelizmente a evolução desta consciência, foi, é, e continua muito lenta, basta dizer que atualmente, o número daqueles que possuem Consciência Cósmica, ainda é muito baixo.

Por volta de 132aC. a humanidade já estava bem desenvolvida em todos os níveis. A Biblioteca da Alexandria estava no seu auge, era o referencial para toda a cultura mundial. Nessa época foi publicada a Septuaginta, a maior obra literária de todos os tempos. Uma obra gigantesca, produto dos Filósofos, Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles, envolvendo todos os assuntos sobre os relacionamentos, quer sejam; sociais, econômicos, com a Divindade, com os grupos e entre os componentes do grupo. Assuntos concatenados de todos os povoados existentes daquela época.

A Septuaginta foi escrita por setenta tradutores, a partir dos diversos dialetos, para o grego clássico. Foram eles os Sacerdotes, Inspirados, Profetas, Sábios, Hierofantes, Demiurgos, Clarividentes, Curandeiros, Doxográfos, (pessoas que interpretavam quaisquer escritas ou mesmo quaisquer rabiscos que tivessem cunho histórico) e
Massoretas (pessoas com memória prodigiosa, que decoram as escritas e os fatos, nos mínimos detalhes).:
A Septuaginta, passou a partir daquela data (132aC.), a ser utilizada, como ícone da consciência e da sabedoria, para todas os assuntos.
Todas as Religiões, foram buscar “às suas maneiras”, seus conteúdos na Septuaginta, usando esses conteúdos, como “base fundamental de consciência e sabedoria” para cada Religião, e também, para publicarem seus respectivos Livros Sagrados. Com isso, toda estrutura cultural da humanidade, ficou subordinada à consciência estruturada na Septuaginta, dando brecha para que a Religião, evocasse para si, o direito de estabelecer que a consciência deve ser estruturada em bases religiosas, direito este, que infelizmente, ainda prevalece até os nossos dias, basta analisar que quase todas as decisões, sejam pessoais, políticas ou sociais, o fator Religioso pesa muito.

Por volta de 1400 surgiu o renascimento onde a consciência desabrochou, devido as valorizações nas mudanças culturais e a introdução da cultura greco-romana em toda a Europa.
As características principais destas mudanças, foram os gregos e romanos possuírem uma visão completa e uma consciência avançada do relacionamento humano com a natureza, condições que permitiam buscar à harmonia e à fraternidade Universal, num comportamento contrário, ao dos seres humanos medievais, que procuravam divinizar a Natureza.
As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a consciência, a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;
Até 1453 fim da Idade Média a vida do ser humano estava estruturada no Teocentrismo, ou seja, DeusYHWH era o centro de tudo. A partir daquele ano, o ser humano passou a se estruturar no Antropocentrismo, ou seja, ele passou a ser o centro de tudo. .
O ser humano renascentista, passou a utilizar a consciência e a inteligência nos métodos experimentais de observações dos relacionamentos humanos com os fenômenos da Natureza.
Cidades como, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento intelectual e artístico, mostrando uma consciência e uma inteligência superior às demais cidades.
Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

A Partir do ano 1950, começou o movimento político do Fisiologismo do jargão “o fim justifica os meios”, que tornou-se a bandeira do procedimento de muitos políticos (em 1954, causou o suicídio de Getúlio Vargas), e de quase 80% da humanidade.
A consciência e a inteligência, perderam seus referenciais, criando o Fisiologismo no lugar da consciência e ser vivo no lugar de ser inteligente. Assim, os políticos profissionais e esse quase 80% da humanidade criaram os hábitos compulsivos de quererem sempre levar vantagens em tudo, como mostra nossos representantes nos Legislativos e no Judiciário.
A Consciência Política é um exemplo do Fisiologismo (consciência), que é intrínseco, em todos os políticos profissionais, que se julgam inteligentes (vivos). Essa maioria só pensa em levar vantagens nos cargos exercidos, querendo muito dinheiro fácil no menor espaço de tempo. Exemplos não faltam, basta acompanhar as manchetes dos jornais, as quais fornecem um retrato dos procedimentos dos nossos representantes políticos inteligentes (vivos), confirmando o Fisiologismo (consciência).

É isso aí meus amigos, lembrando que não sou o dono da verdade,
portanto faça reflexão e tire suas próprias conclusões

Salvador 5 de junho de 2007
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA

Editado por – Charrir em 06 Junho 2007 04:15:09