A Lógica, o Universo e a Religião

A Lógica, o Universo e a Religião

O Universo está evoluindo graças a um grupo pequeno, que busca esta evolução, estruturado na Lógica, porquê fora da Lógica, entramos no mundo das falácias e das elucubrações mitológicas.
Mundo esse, que desemboca no caos.

O “ser humano comum” não contribui para a evolução do Universo, geralmente apela para o fanatismo ou para o radicalismo, em áreas determinadas. Quando essa área é a religião, agiganta sua Fé, para formar seu Nível de Estado de Consciência, buscando uma “tal” de salvação, prometida pelos intermediários. Não acredita em nada que contrarie sua Fé e por falta de cultura, classifica a intelectualidade como ateísmo.

Vejamos o caminho percorrido pela Lógica, desde que foi introduzida na filosofia grega.
Em 468aC, Parmênides de Eléia (540 – 450aC), introduziu pela primeira vez na literatura, o termo Lógica, dando à Lógica, uma estrutura de “princípio de identidade e não contradição”.
Em 451aC, Zenão de Eléia (489- 407aC), discípulo, deu continuidade ao desenvolvimento dessa estrutura da Lógica, criando a “dialética”.
Em 407aC, Sócrates (469 – 399aC), desenvolveu sua “maiêutica”, para conceituar na dialética, identificando ou incluindo cada coisa, cada ser ou cada essência, no lugar preciso da Lógica correspondente.
Em 392aC, Demócrito de Abdera (460 -370aC), na sua obra, “Sobre a Lógica ou o Cânone”, desceu a maiores detalhes o que seja Lógica.
Em 331aC, Aristóteles (384 – 322aC), definiu que a Lógica não é uma ciência, e sim, um Órganon. Uma sistemática da qual todas as Ciências se utilizam, uma “propedêutica” de quaisquer ramos dos Conhecimentos Epistemológicos.
Em 293aC, o Estóico, Zenão de Cicio (335 – 263aC), escreveu: “O lógico, o Físico e o Ético”, numa continuação dos conceitos de Demócrito de Abdera.
Em 54, Marcus Túllius Cícero (106 – 43aC), escreveu
“Controvérsias Tusculanas” e “Sobre o Destino”. Em ambas as obras, ele utilizou-se dos recursos da Lógica.
Em 197, Alexandre de Afrodisia (144 – 213), publicou um trabalho que reuniu estudos das obras de Aristóteles que compunha o órganon, mostrando que as seqüências dos tratados que compunha o órganon, correspondem às divisões dos objetos da Lógica, nas três operações da inteligência;
1 – o conceito,
2 – o juízo e
3 – o raciocínio.
Conceito é a mera representação mental do objeto.
Juízo é a afirmação ou negação do predicado do objeto.
Raciocínio é a articulação de vários juízos.
A partir do juízo, a inteligência estabelece a estrutura básica Psíquica de cada um.

Em 1695, Gottfried Leibniz (1646 – 1716), publicou um trabalho criticando a Lógica tradicional. Nesse trabalho, Leibniz tomou como hipótese, que o mundo “é um cálculo de DeusYHWH”, fazendo uma análise combinatória Universal, que permitiria estudar a priori, todas as combinações entre os conceitos de um objeto considerado, chegou a conclusão que; essa Lógica não descobriria o desconhecido.

Em 1847, George Boole (1815 – 1864), matemático Inglês, publicou um trabalho intitulado a “Análise Matemática da Lógica”, dando à Lógica um caráter matemático e simbólico, numa síntese da Lógica tradicional de Aristóteles com a Lógica Simbólica de Leibniz.

Comentários;
1) – Os Sufistas, também contribuíram muito para o
aperfeiçoamento da Lógica, procurando analisar as
estruturas e as formas de linguagem que pudessem
conceituar (signo com precisão) o que é Lógico.
2) – O conhecimento só é científico ou epistemológico, se
for Universal e Lógico (metódico e sistemático).
3) – A Lógica permite que a Ciência seja Universal e não
particular, levando, além dos fatos, conhecer as
razões e as propriedades que os provocaram, além de
eliminar uma série de suposições.
4) – A Lógica é o mapa que norteia todo e qualquer
segmento neste Plano Físico.
5) – A Lógica, é o método (caminho), que as ciências
trilham, para encontrar e conceituar seus objetos de
pesquisas, dando as características gerais, que torna
o objeto real, que resista quaisquer questionamentos.
6) – A Lógica está no raciocínio, produzindo um leque de
conceitos, que permite o pensamento buscar na
criatividade mental, o conceito que o levará a
aprimorar seu referencial.
7) – A interpretação de tudo isto, está no Nível de Estado
de Consciência de cada um, daí a verdade, aparecer
com várias faces, embora ela só tenha uma, isto é
justificável, devido essa verdade se adequar ao juízo
e ao conceito individual.
8) – Se não tiver atento ao silogismo Aristotélico, com
intuição e criatividade, dificilmente o ser humano,
desenvolverá sua cultura e a visão do nosso Universo.
9) – O ser humano comum, que estiver atrelada a um
sistema radical (religioso ou não), não compreende
o que seja a Lógica, daí, não contribuir para a
evolução do Universo.

Dizer que o ser humano comum não conhece a Lógica.
É preconceituoso. É cruel. Mas, infelizmente, é a verdade.
Quem quiser evoluir, poderá viver na “massa”, mas nunca, poderá pertencer a “massa”, isto porque, a “massa” é condicionada, não pensa, acredita em tudo que os intermediários e os políticos falam ou escrevem. O primeiro passo que se deve dar (para não ser “massa”), é questionar tudo, mas…tudo mesmo e filtrar o que é Lógico, sem o medo das falácias ameaçadoras dos intermediários, que esse filtrar, possam lhes provocar.

Assim, devemos conhecer a Lógica, esse mapa que nos norteia, buscando individualmente, os parâmetros e os referenciais mutantes, os quais irão nos identificar com o real, com o verdadeiro e como partículas de DeusYHWH.

Seguindo a seqüência da Lógica, descobrimos que:
Quaisquer figuras materializadas, sem exceção, não possuem vidas, não são oniscientes, são estáticas e vão permanecer estáticas (repetitivas) para sempre, por não emanarem referenciais mutantes e dinâmicos, ao longo dos n-centos anos de suas respectivas existências.

Também a Lógica, em sua seqüência, nos mostra que somos mutantes e dinâmicos, condições que nos possibilitam a conhecer os parâmetros sobre as coisas do Universo, condições essenciais, para que possamos reformular, no nosso dia a dia, os nossos objetivos, neste eterno vir a ser, procurando estruturarmos o nosso comportamento numa filosofia, que nos dê uma boa qualidade de vida.

Salvador 23 de julho de 2006
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA