O Novo Conceito do Universo

O Novo Conceito do Universo

Somente conheço a verdade quando ela se torna vida em
mim. .Soren Kiergegaard (1813 – 1855)

A tradição intelectual do ocidente foi marcada pela “dissociação” a partir de 340aC., após o desaparecimento de Platão (427 – 348aC.). L.L. Whyte filósofo e físico

Uma análise dentro da lógica, esclarece que o comodismo, o pouco conhecimento, a falta de reflexão e a incompetência, levaram a humanidade a se estruturar numa cultura mais Exotérica do que Esotérica. Isto gerou uma concepção dicotômica, (uma existe independente da outra) que é as dissociações entre as concepções de coisas que se completam: (uma só existe com a existência da outra)

Assim não podemos dissociar:
01 – Da Alma e do Ser
02 – Da memória e da mente
03 – Do Eu e do corpo
04 – Da personalidade e da individualidade
05 – Do intelecto e do prático
06 – Da lógica e da razão
07 – Da história e da realidade
08 – Do mito e da fantasia,
09 – Da verdade e do paradigma
10 – Da inteligência e do pensamento
11 – Da energia de agir e da resultante
12 – Do Instinto de Observação e da intuição
13 – Da consciência física e da cósmica

Tudo no Universo se inter relaciona, formando uma Malha
Energética Unificada. Todas as 13 dissociações citadas, estão inter-relacionadas, implicando na complementação de uma com a outra, só existe uma, por que a outra existe.
Isoladamente nenhuma delas tem estrutura.
As concepções das propriedades de um elemento, só existem, em decorrências das concepções das propriedades dos outros elementos a ele entrelaçados e a consistência desta Malha, depende das estruturas desses entrelaçamentos mútuos das concepções, que cada um tem, de todos os elementos que constituem o próprio Universo.

O que nos parece ser um mundo de concepções dissociadas, as identidades separadas das figuras dos elementos que constituem o drama Cósmico do Universo, é uma ilusão, trata-se na realidade, de um sistema de vibrações atômicas inter relacionadas, num jogo criativo da Energia Divina, revelando a unidade não fracionada, que está atrás do mundo das concepções dissociadas, mostrando tudo que encontramos em nossas vidas diárias, não são elementos distintos, nem figuras isoladas, e sim, aspectos integrantes de um Campo Energético de vibrações atômicas, inteligentemente unificado, que chamo DeusYHWH.
Até o ser humano, é sozinho, mas não está sozinho. No contexto geral do Universo, o isolado faz parte do Todo.
Nada é separado, e sim, parte intrínseca deste Campo, onde estão interagindo todas as Leis estabelecidas pela inteligência onisciente de DeusYHWH, coordenando e controlando a dinâmica do sistema, para que tudo esteja previsto em Leis, assegurando o equilíbrio do Universo.

Essas concepções das dissociações dos elementos envolvidos no contexto do Universo, influenciaram todos os segmentos do comportamento do ser humano ocidental, quer na vida intelectual, quer religiosa, quer econômica ou na política.
Apenas ficam fora dessas tendências, os poetas, os esotéricos, os cientistas, os artistas e outros que não pensam em levar vantagem, no sistema sócio-cultural do ocidente.
A natureza, um eterno “vir a ser” (Heráclito 544 – 480aC.), é um sistema em perpétua transformação do desenvolvimento, buscando uma perfeição, forma após forma, na tentativa de alcançar o perfeito.
Tentar dissociar qualquer parte deste Todo (complexo global), é tarefa inútil. As tentativas das concepções de dissociar, qualquer elemento, como independente deste Campo (que representa a Natureza holística), pode levar o ser humano, ao embotamento da inteligência, um hibernado no tempo, um acomodado que não consegue formar sua própria opinião, tornando-o refém do sistema proposto pelos intermediários, que estabelecem concepções dissociadas convencionais para qualquer elemento ou figura, conforme os interesses desses sistemas, atravancando o progresso do conhecimento.

O ser humano, só pode compreender a si mesmo, se compreender o seu relacionamento intrínseco com o Todo,
DeusYHWH, (Essência Onisciente Absoluta da Energia Cósmica), que é um relacionamento virtual (indireto através do Ser), exigindo muita Empatia.
Para conhecer o objetivo do Todo, terá que ser através da convivência com o Ser e da observação, na totalidade da Empatia com a natureza orgânica, para isso, o ser humano, deverá ter o conhecimento ontológico e subjetivo, de sua própria experiência individual.
A nova tranqüilidade e a auto-aceitação de uma simplicidade de comportamento, baseada no autoconhecimento, representa uma segurança pessoal, revelando o procedimento ético de moral elevada, sem o medo e a preocupação de se perder na malha dinâmica que constitui o mapa da vida.
Os preconceitos de moralidade convencional, são substituídos pelo entusiasmo da esperança do “vir a ser” de uma nova vida em desenvolvimento.
Stephen Arroyo, observa que Blaise Pascal (1623 – 1662), além de outros, negou que; os seres humanos, pudessem ser verdadeiramente compreendidos, neste Universo, por meio da análise racional, pois a intuição, que vê na superfície das coisas, seus mistérios essenciais, era fundamentalmente, a chave para se compreender a interação do ser humano com o Universo.
Ao pesquisar as grandes escolas da antigüidade, vamos descobrir que essas escolas, ensinavam que a consciência humana, era limitada pelas fronteiras intelectuais, limitações estas, arbitradas pela própria intelectualidade.
Os gregos contribuíram para a descoberta de certas leis naturais, em atividade no mundo físico, que serviriam, também, para conhecer;
1 – Os propósitos nos domínios da vida e
2 – Os reconhecimentos dos mundos interiores dos indivíduos.

Socrates (469 – 399aC.), foi um Filósofo irônico, proclamado pelo Oráculo de Delphos, “o mais sábios dos homens”.
Obs: Oráculos de Delphos, o lugar, onde os gregos enviavam
as Leis escritas, para receber a aprovação Divina.
A partir daí, Sócrates, julgando-se responsável pela missão Divina, colocou em prática os dizeres do Oráculo de Delphos, ou seja, levar a todos à sabedoria, à virtude e à ética, que ele acabara de herdar. Este comportamento de Sócrates, gerou a expressão “Conhece-te a ti mesmo” como base da sua filosofia “maiêutica”, (a arte de parir a resposta), cuja idéia, deu o desenvolvimento da estrutura filosófica grega.
Para os gregos, a sabedoria, se desenvolvia através de pesquisas sistemáticas, com questionamento em busca das verdades essenciais, que eram ocultas, para os seres humanos de inteligência comum e vulgar.

O descobrimento da natureza em si, era uma descoberta não só das leis naturais, mas também das leis metafísicas universais que propulsionavam a própria vida.
O intelecto, tem sua mente plasmada, assimilando com facilidade os ensinamentos que lhe são administrados, criando uma abertura para a compreensão do mundo espiritual.
A análise puramente intelectual, não é o caminho para se chegar à compreensão do mundo interior de cada um, nem será capaz de provar ou negar coisa alguma, acerca das questões filosóficas, esotéricas ou religiosas, dada a formação básica da estrutura psicológica de qualquer ser humano.
O assunto entra no campo subjetivo, com muita abstração e com um mínimo de significado.
O que o ser humano precisa, é de lógica com significado.
O significado, entretanto, é esotérico, vem de dentro, não de fora.
O Universo é dinâmico, não pode ser compreendido como físico, estático, abstrato e objetivo, como uma individualidade separada, dos elementos que o compõe.
Para Stephen Arroyo, o Universo pessoal, como cada um de nós conhecemos, é o Universo pintado com as cores de todos os nossos significados pessoais.
O filósofo que limita sua consciência, de não conceber a compreensão holística do mundo e da relação de si mesmo, com esta Malha Energética Unificada, não pode ser considerado filósofo.
O ser humano, aquele que tem medo de pensar e ainda se refugia no mundo etéreo;
1 – Das concepções dissociadas,
2 – Das identidades separadas,
3 – Das independências das figuras e dos elementos
que constituem o drama Cósmico do Universo.
Estes, dificilmente encontrarão seus objetivos e as verdades, como também, nunca alcançarão a sabedoria, nem o que seja o Mundo dos Filósofos, pois a sabedoria e a filosofia, nascem no questionamento a si mesmo, sobre os vários segmentos do conhecimento, os quais, envolvem empirismo, misticismo, astrologia, alquimia, religião, esoterismo, ciências, Metafísica, ontologia e outras disciplinas, onde não existem espaços, para aqueles que;
1 – Têm medo de pensar,
2 – Têm concepções dissociadas
3 – Têm raciocínios dicotômicos e sem lógica. .
Assim o Conhecimento atual do Universo, é Foro íntimo de cada um, conforme o gradiente de suas concepções das propriedades de um elemento, em decorrências das suas concepções das propriedades dos outros elementos a ele entrelaçados e concluirão as suas concepções sobre a consistência do Universo, já que, esta conclusão, depende das estruturas desses entrelaçamentos mútuos das concepções, que cada um tem, de todos os elementos que constituem o próprio Universo.

É isso aí meus amigos, lembrando sempre que não sou dono da verdade.

Salvador – novembro – 2007/08

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA