Eleições na Sbórnia ou Festival dos Pinóquios

Eleições na Sbórnia ou
Festival dos Pinóquios

Sbórnia é um país muito distante, mas muito conhecido pelo sistema político adotado, a Capitalogracia, com um congresso composto por 513 deputados federais e 81 senadores. Já tive a oportunidade de falar sobre os políticos da Sbórnia no meu artigo “Congresso de Sbórnia”.

Trata-se de um país meio complicado, devido à ética e à moral dos seus governantes, estarem comprometidas e também, seu presidente nunca saber de nada e seus auxiliares praticarem abertamente o fisiologismo.
O curioso é que nas épocas de eleições para os diversos cargos na República da Sbórnia, geralmente aparecem cerca de 30.000 candidatos, concorrendo de maneira estranha às eleições, dado o número de corruptos (confirmados) que concorrem às reeleições, muitos funcionários, sem condições, mas se candidatam para tirar três meses de licença para campanha, com todos os vencimentos e muitos aventureiros.
Além desses, temos os líderes sindicais e líderes estudantis, todos “vivos” com pensamentos voltados para levarem vantagens do sistema.

Na Sbórnia está havendo uma varredura nos três poderes, graças aos esforços concentrados dos jovens Procuradores, dos Promotores e da Polícia Federal Sborneira, que não medem esforços para investigar e denunciar muitas “gangs” infiltradas nos respectivos poderes, as quais, estão usando um balcão de negociatas, onde o toma-lá-dá-cá, atuando em pleno vapor, transformando a República da Sbórnia num gigantesco mercado de “troca de favores” envolvendo todo tipo de executivos quer da área pública quer da área privada, com obras superfaturadas pelos doadores de campanha, usando sempre o jargão; “o fim justifica os meios” o importante é levar vantagens em tudo, os eleitores e os contribuintes, jamais irão perceber nossas inteligentes jogadas-.

Para desatar os nós feitos pelos políticos sborneiros nos três poderes, e nos empreiteiros doadores de campanha, os Procuradores, Promotores e a Polícia Federal daquele país, vivem sobrecarregados de trabalhos investigativos nessas negociatas, em diversas operações, tais como; adnocana, agusseugnas, ognib, oãcaruf, oeréa oãgapa, ahlavan, euqex etam, e muitas outras. Preocupados com a avalanche de políticos “vivos”, que sempre retornam à administração do País e devido o clamor público dos sborneiros, estes ícones da moralidade, resolveram fazer um relatório, explicitando todos os problemas da Sbórnia, nas áreas da saúde, da educação, da segurança, da situações dos hospitais, do crime organizado, do tráfico de drogas, da impunidade parlamentar (corrupção), dos salários vultuosos dos políticos, do analfabetismo, do corporativismo nos três poderes, da morosidade da justiça, dos excessivos gastos da máquina administrativa e de outros conforme páginas de Jornais e de Revistas sborneiras, publicadas naquele país, que está sendo vítima da ganância desenfreada da capitalocracia.

O povo sborneiro tem consciência dos problemas do País há n-centos anos e sonha que um dia, aparecerão alguns políticos que venham resolver os graves problemas da República da Sbórnia.
São 30.000 candidatos aos diversos cargos políticos em toda a Sbórnia, cujos ônus das despesas de campanha, a Sbórnia banca com muita tranqüilidade, já que seus administradores são exímios articuladores em movimentações financeiras.
As apresentações dos 30.000 candidatos são feitos graças à franquia, em rede de televisão sborneira (com ônus para o governo), com tempos proporcionais, ao grau de importância do grupo ou da facção.
Os sborneiros contribuintes, são obrigados a assistirem em horários nobres, da televisão, um verdadeiro “Festival dos Pinóquios”, ao ouvirem as palavras dos candidatos, com suas respectivas propostas, assumindo compromissos que irão solucionar os “cânceres” citados no relatório dos Baluartes Ícones da moralidade. Nestes Baluartes, estão concentrada toda a esperança do povo sborneiro de “passar a limpo” a Sbórnia..

Esses candidatos sborneiros, durante a campanha, parecem estranhas ao País, falam como se fossem estrangeiros recém chegado à Sbórnia, que acabaram de tomar conhecimento dos desmando administrativos, explicitados nos relatórios dos Procuradores e Promotores e nas revelações dos documentos apreendidos pela Polícia Federal.
Esses candidatos decoraram o relatório e alvoroçados nas suas autoridades como “salva-pátria”, ficam “vomitando” em falácias repetitivas, os seus respectivos propósitos, com os quais, prometem resolver com facilidades os problemas crônicos de infra estrutura da República da Sbórnia, problemas esses, verdadeiros cânceres, que os sborneiros estão cansado de saber, e o pior, dizendo as mesmas propostas que outros “candidatos sborneiros” já vem falando há n-centos anos atrás, em outras campanhas eleitorais, desde que o Homem de Neandhertal era sborneiro.

O estranho é que esses candidatos, já convivem com os problemas da Sbórnia desde a adolescência, a maioria são políticos há mais de 15 anos, nesses períodos, nunca apresentaram soluções para os respectivos problemas enfocados por eles, durante uma nova campanha. Em cada campanha, julgando mais experientes eles vêem as verdadeiras chances de fazer tudo aquilo que o sborneiro sonha que seja feito, ou seja, restabelecer os padrões éticos e morais, das classes dos três poderes da República da Sbórnia, gastar menos com a máquina pública, proporcionar um padrão social fraternal, boa educação, segurança, melhorar os hospitais, as escolas públicas, a qualidade de vida dos descamisados e o padrão dos serviços públicos prestados aos sborneiros.

A amnésia política, defeito da matéria prima sborneira (eleitor), sempre ajudou os candidatos oportunistas que falam com muita eloqüência e convicção dos problemas que o sborneiro está “careca de saber”, mas eles declaram abertamente que desta vez, eles vão cumprir seus propósitos, suas promessas e vão corrigir as distorções que atravancam a evolução social, a segurança, a geração de emprego e o crescimento sustentável da economia Sborneira.

Pelo relato, você seria capaz de adivinhar onde fica este país Sbórnia?
Você seria capaz de dizer porque a Sbórnia chegou a esse estágio?
Será porque na Sbórnia tem essa democracia, que mais parece capitalocracia?

É isso aí, amigos leitores. Lembrando que, com estas características, só existe um País no Mundo… a Sbórnia

Salvador 11 de junho de 2007

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA