A Bomba do BNDES

A Caixa preta do BNDES, vai ser como uma BOMBA. O Mensalão e o Petrolão, em questões de Valores, representam trocos.

A Bomba do BNDES está para estourar. São mais de 20 Obras e mais de 3000 empréstimos a outros países, concedidos pelo BNDES no período de 2009 a 2014 e os retornos destes investimentos, são praticamente incertos.

Foram financiados; portos, estradas e ferrovias, metrôs e outros, em diversos países ao redor do mundo. Desde que Guido Mantega deixou a presidência do BNDES, em 2006, e se tornou Ministro da Fazenda, em 2006, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tornou-se peça chave no modelo de desenvolvimento, proposto pelo governo. Desde então, o total de empréstimos do Tesouro ao BNDES saltou de R$ 9,9 bilhões, cerca de 0,4% do PIB, para R$ 414 bilhões, 8,4% do PIB.

Alguns desses empréstimos, aqueles destinados a financiar atividades de empresas brasileiras, no exterior, eram considerados segredos de investimentos pelo BNDS, por orientação do governo. Só Em agosto de 2018, o Juiz Adverci Mendes de Abreu, da 20.ª Vara Federal de Brasília, obrigou o BNDES, a fornecer dados sobre os empréstimos, uma revelação assustadora, descobriu-se assim, uma lista com mais de 2.000 empréstimos concedidos pelo banco desde 1998 para construção de usinas, portos, rodovias e aeroportos no exterior, hospitais, metrôs e outros.

A seleção dos recebedores, dos retornos destes investimentos, é incerta: ninguém sabe quais critérios usados pelo BNDES, para selecionar os agraciados pelos empréstimos. Boa parte das obras financiadas ocorre em países pouco expressivos, sem recursos. Outra questão polêmica são os juros, abaixo do mercado, que o banco concedia às empresas. Ao subsidiar os empréstimos, o BNDES funcionava como Bolsa Família ao contrário, capta dinheiro emitindo títulos públicos, com base na taxa Selic (11% ao ano) e empresta a 6%. Isso significa que ele arca com 5% de todo o dinheiro emprestado, aumentando a pobreza do país, ou seja, “um Rubim Hood invertido, tirando dos pobres, para emprestar os ricos. Dos R$ 414 bilhões emprestados este ano, R$ 20,7 bilhões são pagos pelo banco. É um valor similar aos R$ 25 bilhões gastos pelo governo no Bolsa Família, que atinge 36 milhões de brasileiros, que são, na realidade, eleitores comprometidos.

 

Vejam nos 20 exemplos de investimentos escoando o dinheiro para o RALO:

1) Porto de Mariel (Cuba)Valor da obra – US$ 957 milhões (US$ 682

milhões por parte do BNDES). Empresa responsável – Odebrecht

2) Hidrelétrica de San Francisco (Equador) Valor da obra – US$ 243 milhões

Empresa responsável – Odebrecht

Após a conclusão da obra, o governo equatoriano questionou a empresa

brasileira sobre defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi expulsa

do Equador e o presidente equatoriano ameaçou dar calote no BNDES.

3) Hidrelétrica Manduriacu (Equador). Valor da obra – US$ 124,8 milhões

(US$ 90 milhões por parte do BNDES).Empresa responsável – Odebrecht

Após 3 anos, os dois países ‘reatam relações’, e apesar da ameaça de

calote, o Brasil concede novo empréstimo ao Equador.

4) Hidroelétrica de Chaglla (Peru). Valor da obra – US$ 1,2 bilhões (US$ 320

milhões por parte do BNDES). Empresa responsável – Odebrecht

5) Metrô Cidade do Panamá (Panamá). Valor da obra – US$ 1 bilhão

Empresa responsável – Odebrecht

6) Autopista Madden-Colón (Panamá). Valor da obra – US$ 152,8 milhões

Empresa responsável – Odebrecht

7) Aqueduto de Chaco (Argentina). Valor da obra – US$ 180 milhões do BNDES. Empresa responsável – OAS

8) Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina). Valor – US$ 1,5

bilhões do BNDES. Empresa responsável – Odebrecht

9) Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela). Valor da obra – US$ 732

milhões Empresa responsável – Odebrecht

10) Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela). Valor– US$ 1,2 bilhões

(US$ 300 milhões por parte do BNDES). Empresa responsável – Odebrecht

11) Barragem de Moamba Major (Moçambique). Valor – US$ 460 milhões

(US$ 350 milhões do BNDES). Empresa responsável – Andrade Gutierrez

12) Aeroporto de Nacala (Moçambique). Valor da obra – US$ 200 milhões

($125 milhões por parte do BNDES). Empresa responsável – Odebrecht

13) BRT da capital Maputo (Moçambique). Valor da obra – US$ 220 milhões

(US$ 180 milhões por parte do BNDES). Empresa responsável – Odebrecht

14) Hidrelétrica de Tumarín (Nicarágua). Valor da obra – US$ 1,1 bilhão

(US$ 343 milhões). Empresa responsável – Queiroz Galvão

*A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica

15) Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro (Bolívia)

Valor da obra – US$ 199 milhões. Empresa responsável – Queiroz Galvão

16) Exportação de 127 ônibus (Colômbia). Valor – US$ 26,8 milhões

Empresa responsável – San Marino

17) Exportação de 20 aviões (Argentina). Valor – US$ 595 milhões

Empresa responsável – Embraer

18) Abastecimento de água da capital peruana – Projeto Bayovar (Peru)

Valor – Não informado. Empresa responsável – Andrade Gutierrez

19) Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai)

Valor – Não informado. Empresa responsável – OAS

20) Via Expressa Luanda/Kifangondo. Valor – Não informado

Empresa responsável – Queiroz Galvão

 

Como são mais de 3000 empréstimos concedidos pelo BNDES no período de 2009-2014, o BNDS, ainda não forneceu todos os valores.

 

Fonte: http://spotniks.com/20-obras-queobndes-financiou-em-outros-paises/

Inacio Vacchiano – Filósofo, jurista, jornalista.

 

Salvado 29 de julho de 2018

 

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