Padrão Moral de um Povo

Padrão Moral de um Povoo

O padrão moral, como tudo na vida não é algo estático. Conforme vamos aprendendo a fazer as coisas, vamos aprendendo a usar regras para lidar com elas. Antes do ser humano aprender a usar o fogo e enfrentá-lo pelo perigo que representa, ele desenvolveu as regras para o uso do mesmo.
Isso é a dinâmica da vida. Sem conhecer as leis e as regras da sistemática daquilo que vamos manusear, iremos apanhar muito. Primeiro apanharemos para descobrirmos as leis, depois apanharemos até utilizarmos corretamente as leis, e se, não descobrimos as leis, iremos apanhar até a morte, é o caso dos incompetentes.

O Padrão moral é sazonal e depende da época e do ambiente.
As regras do padrão moral, passam pelo crivo das críticas e deverão estar dentro do campo da lógica.
Afinal, o padrão moral nada mais é que, um consenso sobre as criações das regras para a convivência fraternal e harmônica numa sociedade heterogenia. Às vezes, são criadas regras arcaicas, obsoletas, vinculadas às sociedades de cunho religiosos de n-centos anos atrás e as autoridades, com medo de tornar-se antipáticas ao sistema, tomam decisões absurdas, como foram nos dois casos abaixo:

1º. Caso – O Deputado José Bitencourt votou contra a interrupção da gestação de criança anacéfala, alegando que estava escrito na Bíblia que a mulher deveria passar os nove meses com a criança no útero e com dor deveria ter o parto.

2º. Caso – O Bispo Marcelo Crivela, refutando o parecer médico, que as crianças anacéfalas, sempre nascem mortas. Disse que fez uma pesquisa nos últimos vinte anos e descobriu que dos oito mil casos de crianças anacéfalas pesquisados, ele encontrou dois casos que as crianças nasceram e viveram 20 segundos uma e a outra 12 segundos, motivos suficientes para ele afirmar que, nem sempre as crianças anacéfalas nascem mortas.

O ser humano raramente analisa sua cultura. Uma regra foi feita há n-centos anos e hoje não é mais válida, mas insistem no seu uso por causa da tradição religiosa.

Metáfora do uso da insistência de tradição

Pesquisas, feitas com macacos, serviram de parâmetros para mostrar como os seres humanos utilizam das tradições, sem analisarem as lógicas de seus procedimentos.
Foram colocados cinco macacos numa jaula.
No meio da jaula, foi colocada uma escada.
No topo da escada, foi colocado um cacho de bananas.
Quando o primeiro macaco subiu na escada para pegar as bananas, o sistema propulsionava um jato de água gelada com 10kg/cm2 de pressão, nos que estavam no chão.
O jato continuava enquanto o macaco no topo da escada comia bananas. Quando o primeiro macaco encheu a barriga e desceu, o jato cessou. Um segundo macaco ao tentar subir a escada, o jato de água reiniciou e os macacos que estavam no chão, agrediram-no com pancadaria, associando a subida do macaco, como responsável pelo jato de água fria, não permitindo que o macaco subisse. Qualquer macaco que tentasse subir, o sistema de jato iniciava e os outros quatro partiam para agredi-lo.
Repetidas experiências com os jatos de água acima, tornaram esses macacos condicionados, tornando tradições, nos seus comportamentos no sistema. Com essas tradições, quando um macaco tentava subir a escada, os outros quatro partiam para agredi-lo.
Depois de algum tempo, nenhum macaco tentava subir mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Foi substituído um dos macacos por um novo.
A primeira coisa que esse macaco novo fez, foi tentar subir a escada para pegar as bananas, mas, foi retirado a força, pelos outros quatro, que o surraram.
Depois de algumas tentativas de subir e outras tantas surras, o novo integrante do grupo, não tentava mais subir a escada.
Um segundo macaco foi substituído e as cenas se repetiram, até mesmo o primeiro substituto, participava com entusiasmo na surra ao novato.
Um terceiro macaco foi trocado e as cenas se repetiram, com a participação dos novos macacos.
Um quarto também foi trocado, e finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Assim o grupo, ficou com cinco novos macacos que, mesmo nunca tendo tomado um jato de água gelada, continuavam batendo naquele que tentasse subir a escada para pegar as bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles, porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: ‘Não sei, mas, sempre nos comportamos assim, por tradição, porque nos ensinaram, que assim é melhor para nós.
Assim são os comportamentos dos seres humanos, que têm medo de pensar e agem imitando os outros.

Comentários……..
É Triste…É… Mas é a verdade de cada época!
É pobreza de espírito…É… Mas é a escolha do ser humano que tem medo de questionar a si mesmo e por comodismo prefere à “imitação”, ensinada pelas tradições dos intermediários, principalmente nas Religiões, que ainda conservam as tradições dos tempos Bíblicos da época dos hebreus.
Infelizmente, esses comportamentos estão trazendo grandes prejuízos para o desenvolvimento Psíquico e científico da humanidade.

Salvador 18 de julho de 2006/08

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA