O Estado do Vaticano

O Estado do Vaticano

Em 741, o Papa Zacarias (papado 741 a 752), usando uma política amistosa, reconheceu Pepino, o Breve, como Rei dos Francos.
O Rei Pepino, procurando retribuir à política amistosa, assumiu o compromisso de arranjar um Estado para os Religiosos.
Em 753, o Papa Estevão II (papado 752 a 757), corou Pepino, o Breve (714 – 768) como Rei.

Em 754, selou uma aliança, entre a Igreja Romana e a monarquia Franca, com o compromisso do Rei, conquistar territórios na Itália e doá-los à Igreja.
Em 774, o Papa Adriano I (papado 772 a 795), recebeu do Imperador, Carlos Magno (742 – 814), a confirmação da doação que seu pai, fizera ao Papado, elevando o Catolicismo à posição de poder mundial, surgindo o Santo Império Romano, sob a autoridade do Papa-Rei.

Carlos Magno, próximo da morte, arrependeu-se por doar territórios aos Papas. Em estado terminal, agonizava sofrendo horríveis pesadelos lastimando a doação e desabafando: “Como me justificarei diante de Deus, por essas doações, pelas guerras que hão de vir na Itália, pois os Papas são ambiciosos, me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram, deverão merecer de Deus um severo castigo!”.

No ano 1377, a sede do papado que esteve 70 anos em Avinhão, cidade da França, voltou a ocupar o Vaticano, trazidos por Gregório XI (papado 1370 – 1378).

Em 1823, quando Napoleão aprisionou o Papa Pio VI (papado 1800 – 1823), houve reação do exército do Papa, recuperando o fôlego, a custa de muito derramamento de sangue em guerras políticas e religiosas. Durante o período de 1848 a 1878, reinado de Vítor Emanuelli (1820 – 1878), as lutas foram tornando mais acirradas e o estado Vaticano foi enfraquecendo. .

Em 1870, finalmente “as tropas do papa” foram derrotadas por Vitor Emanuelli, em 20 de setembro de 1870, tornando o general Vitor Emanuelli, o primeiro Rei da Itália, pondo fim no Santo Império Romano, que durou de 774 a 1870.
Os papas, ficaram confinados no Vaticano, até 1929, quando Mussolini e Pio XI (papado 1922 – 1939), fizeram o tratado de Latrão, em 1929, estabelecendo o Estado do Vaticano em 10 de fevereiro de 1929, legalizando esse estado religioso, que seria “controlado pela Cúria Romana” e governada por 18 Cardeais que controlam a carreira de bispos e monsenhores.
O Papa fica fora dessa pirâmide.
O Vaticano, precisava de renda para manter a ostentação. A saída foi negociar relíquias, imagens de santos, fragmentos de peças que diziam pertencer às autoridades religiosas e em muitos casos negociavam até o “perdão”, de pecados mediante indulgências, procurando convencer os seus fiéis que, o fogo do inferno e o purgatório, eram os lugares dos pecadores, que não faziam acertos com as autoridades religiosas, as quais poderiam no entanto, aliviar essas situações, desde que as pessoas fizessem acordos generosos com a Igreja.

Salvador 22 de março de 2006/08
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA