Ontologia a Arte de Viver

Ontologia, a Arte de Viver

Ontologia é a ciência do Ser.
Mas o que é o Ser?
O Ser é um fragmento de DeusYHWH, que está presente em tudo, seja animado ou inanimado, apesar dele sempre existir, só começa a ser percebido no ser humano, quando seu nível de processamento começa a ultrapassar os 10% da sua capacidade mental, ou seja, processar acima de 25 milhões de bytes por segundo, cerca de 700 mil vocábulos, lembrando que, a maioria não consegue processar nem 10 mil.
Também será necessário alcançar alto estagio de Empatia, para transcender todos os assuntos a serem processados no cérebro, fora disso, o Ser nunca será percebido.
A Ontologia como ciência do Ser (Espiritual), surgiu num movimento para combater a Axiologia a ciência do Valor.
Mas o que é a ciência do Valor?
O valor é o conceito dado aos fatores que proporcionam status aos seus respectivos detentores, por, isso esta ciência era muita atrativa, às vezes, mascarando a ética e a moral.

Estas duas ciências andaram paralelas por muitos anos, até que o Filosofo Rudolf Hermann Lotze (1817 – 1881), na sua obra Microcosmos (em 1860), fez uma conceituação do Ser e do Valor, onde poderia distinguir com perfeição os dois segmentos.
A ciência do Valor, difundida pelo Filósofo Holandês Karl Bohm (1846 – 1911), era de fácil assimilação, muito atrativa, com retorno imediato e sem a necessidade de usar nenhum percentual de sua capacidade cerebral.
Dadas as características de cada uma dessas ciências, houve a necessidade de tomarem rumos antagônicos.
A ciência Ontológica assimilou a Lógica, a Ética e a Metafísica, formando o núcleo da Espiritualidade, onde tudo se relaciona, obedecendo uma inteligência onisciente, que está coordenando e controlando todo o movimento espiralado do Universo.

Só a Ontologia, na sua totalidade, será capaz de desvendar os Enigmas: DeusYHWH… Jesus, Espírito Santo, Espírito, Ser, Alma, Eu, Morte, Virgem Maria, Santos, Anjos e Satanás, e assim, descobrir o papel do Ser no Script da novela… a Vida. (ver meu artigo com este título).

Os comportamentos são aprovados ou desaprovados conforme o percentual de utilização do cérebro de quem está analisando.
O certo, o errado, o feio, o belo, o mau, o bom, o sagrado, o profano, o justo e o injusto, são conceitos adquiridos confirme os parâmetros internos de cada um. O baixo uso do cérebro (menos de 5%), contribui para o baixo padrão de vida, tendo como conseqüência, a limitação da capacidade de processamento.

A Ontologia se preocupa com os mínimos detalhes do relacionamento do Ser, com todos os princípios da realidade, que envolve o Universo, descendo a patamares peculiares, para verificar a interação do Ser, em tudo e em todos os níveis, a fim de, não deixar dúvidas, para aqueles que conseguirem processar todo o conteúdo que lhes forem transmitidos.
A Ontologia desenvolve o aspecto do saber, através da reflexão, pela qual a inteligência toma consciência de si mesmo e de seu poder, tornando o ser humano ousado e sem medo das falácias dos donos da verdade, e assim, analisar seus modos, seus métodos e seu comportamento, a fim de, fazer os processamentos de tudo que lhe é transmitido, seja oral ou escrito, para torná-lo mutante e poder monitorar o seu gradiente do autoconhecimento.

Desde Platão (427 – 348aC), a Ontologia tem influenciado o pensamento ocidental, por se tratar da mais alta expressão do idealismo, ao afirmar;
o que é necessário para o ponto de vista lógico, também é necessário para o ponto de vista Ontológico. O Ser é real e inteligível (conhece-se pela inteligência), porque a sua própria essência Ontológica é racional, como tudo que for racional, tem que ser real, logo o Ser existe, para aqueles que conseguem processar tudo que for inteligível, eliminando quaisquer enigmas ou mistérios que estão atravancando o progresso da Ciência..

A cosmovisão grega estruturava o existente (objetivo), como sendo um bloco unificado, Cosmo, cujo telos (origens e fins), se encontram no subjetivo. O Mundo Sensível (objetivo – sombra), contém partes do Mundo Ontológico (subjetivo – Luz), de onde provém e participa, embora pareçam separados para aqueles que não conhecem a Ontologia. .
A Ontologia explica que a participação concomitante desses dois mundos, provoca o processo de mutação em tudo no tempo. Mostrando que se o tudo fosse criado perfeito, não haveria o movimento, forma após forma em busca da perfeição.
A Ontologia tradicional de Platão e de São Thomaz de Aquino,
(1225 – 1274), distingue na estrutura do Ser, dois princípios;
a) Essência é o conjunto de atributos que distingue os Seres
b) Existência é o potencial que possibilita agir, criar, mudar
e evoluir.

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 – 1900), aprofundando nestes dois princípios, criou a Filosofia da Existência, onde ele procura mostrar os valores do Mundo do Ser e do Mundo do Valor, e seus reflexos na vida humana, alertando a importância do conhecimento, para o discernimento por um desses Mundo.
A Ontologia como ciência do Ser, aparece sempre em campos polarizados, com um pólo positivo e outro negativo, para que haja energia de movimento (atração), formando hierarquias subjetiva e objetiva, de importância capital para a vida humana, as quais, irão ditar os segmentos a serem vividos, conforme o percentual de utilização da capacidade de processamento cerebral de cada um.

Nicolai Hartmann (1882 – 1950), filósofo alemão, o maior expoente da moderna Ontologia, afirmou que o conhecimento Ontológico é também Epistemológico. Em suas obras destacava que o Ser é real, uma unidade compacta, cheia de atributos e estruturada no princípio da casualidade.
Hartmann faz distinção entre o Ser real, o Ser ideal e o Ser no pensamento, no entanto o conhecimento limitado, o medo de questionar os assuntos e a comodidade, não permitem que o indivíduo perceba esta distinção, tirando dele, as chances de questionar dentro do campo da lógica, para negar o irracional e o absurdo e aceitar o racional e o coerente.

Sabemos que o objetivo é real, não se altera e reflete no indivíduo como um espelho, o qual é percebido através de estruturas subjetivas.
Cabe a empatia processar as imagens e as idéias dos detalhes deste objetivo, para perceber estas estruturas subjetivas que estão envolvendo o indivíduo.
O conhecimento da Ontologia permite distinguir, com nitidez, as três faces do Ser, (real, ideal e do pensamento), daí ser possível, perceber no indivíduo, tais estruturas.

Maurice Merleau Ponty (1908 – 1961), Filósofo Francês, em suas obras, afirmava que todas as ciências, trás no seu bojo a Ontologia, sem a Ontologia nenhuma ciência existiria. Para ele o conhecimento, não seria a negação, e sim, o prolongamento da Natureza, como um todo, numa convivência harmoniosa com os Mitos, os Dogmas, os Rituais e os Símbolos, cabendo o conhecimento Ontológico, a sensibilidade da percepção da verdade, para recuperar a autonomia do Ser, com o qual articulam o Pensamento, a Visão, a Audição e as Palavras.

O Ser é mutante, só pode ser processado dentro da lógica e com parâmetros reais, exigindo, portanto, autoconhecimento, assim, o conhecimento da Ontologia permite processar no cérebro, o Ser real, inteligível, sem adulterá-lo ou modificá-lo.

Conclusão:
Sendo a Ontologia considerada como epistemológica e o autoconhecimento permitir processar no cérebro, o Ser real, (inteligível), sem adulterá-lo ou modificá-lo, pode-se concluir que DeusYHWH existe e o conhecimento Dele é a estrutura do próprio DeusYHWH (inteligível), processada no cérebro de cada um, conforme o percentual de utilização, que varia de 2% a 46% (veja meu artigo O Cérebro Humano), o que prova DeusYHWH, ter n-lhiões de conceitos, e às vezes, conflitantes, justificáveis pela falta de parâmetros internos, que contribui para a baixa utilização do cérebro (menos de 5%), o que limita a capacidade de processamento, adulterando a estrutura do inteligível.

Salvador 18 de junho de 2007

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA