O Papa e a Paz…….. um Paradoxo

O Papa e a Paz… um Paradoxo

Vejam o paradoxo, do “nosso querido Papa”, o infalível, mostrando que não tem habilidade para viver em harmonia com os demais sistemas religiosos e nem com os diversos segmentos sociais, propalando Paz, com declarações “alopradas”, expressando com convicções categóricas, como sendo um autêntico detentor da Verdade.

O Papa Bento XVI está mostrando que não tem maturidade para a função e nem o suficiente equilíbrio inteligível, para se expressar numa neurolingüística que possa exortar o avanço do sincretismo religioso, condições imprescindíveis, para um chefe mor de uma Igreja, que tem por obrigação fundamental, emitir parâmetros que venham a desenvolver o clima de Paz em todos os segmentos, envolvendo convívios fraternais.

Veja os “corretos” pronunciamentos de Sua Santidade o Papa Bento XVI (o infalível, conforme estabelecido em 1669 pelo Papa Pio XI, no primeiro Concílio do Vaticano).

Antes dos pronunciamentos, um adendo:
O Papa Bento XVI, se estruturou em Hegel, para emitir suas idéias (veja síntese). Leia meu artigo “Conheça o Filósofo Hegel.

Em 1810 o Filósofo alemão, Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831), como conhecedor da Filosofia clássica grega, da liturgia do Cristianismo Romano, chegou o ponto de afirmar que:
A história mostra a consciência da liberdade nos vários lugares.
1 – No Oriente, um só ser humano é livre
2 – Na Grécia, alguns seres humanos são livres
3 – Em Roma, poucas pessoas são livres
4 – No Mundo Cristão, todas as pessoas são livres
5 – Na Cultura Cristã, iremos encontrar, o conhecimento da
verdade, a pintura, a escultura e a música, onde todos
estes segmentos se transbordam em esplendores.
Para Hegel, o Cristianismo é a religião única e absoluta, todas as outras são seitas particulares.

Sendo admirador do Filósofo Hegel, o Papa Bento XVI, no dia 10 de julho de 2007, declarou em linguagem simples que;
“A única Religião é o Catolicismo, o resto são seitas particulares”

Vejam outras declarações nos noticiários…
Em 2004, quando ainda era Cardeal, Joseph Ratzinger, (atual Papa Bento XVI),sempre fez parte da ala conservadora da Igreja Católica. advertiu publicamente contra a entrada da Turquia na União Européia (UE), dizendo que a população Européia era cristã, e a população da Turquia era muçulmana.
“As raízes que formaram e permitiram o crescimento deste Continente são as do Cristianismo, isto é um facto histórico. Por isso, tenho dificuldades em compreender as resistências manifestadas contra o reconhecimento do mesmo”, disse o então cardeal em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro.
Considerado centralizador de poder, reafirmou a proibição da união entre homossexuais, do sacerdócio feminino e do aborto. Chegou a dizer que atos homossexuais “vão contra a lei moral”, enquanto legitimar uniões do mesmo sexo era “mau”.
Além disso, faz forte oposição às pesquisas com clonagem de embriões humanos e não aceita a comunhão de divorciados, o uso da camisinha e nem mesmo o rock.
O papa também foi contrário à Teologia da Libertação – movimento da Igreja forte nos anos 60 e 70 que dava ênfase à política – e, em seu documento Dominus Jesus, sustenta que “só na Igreja Católica há a salvação eterna”.

Cidade do Vaticano – O papa Bento XVI, assim falou:
“Expresso minha firme condenação à violação dos lugares de culto, confio ao Senhor todos os defuntos e aqueles que choram por eles, Deus Pai de todos, pedirá contas, ainda com mais severidade, aos que derramam em seu nome o sangue do irmão”.
Fonte: internet notícias 26 de fevereiro de 2006 – 10:58

O Papa Bento XVI, em Regensburg (Alemanha), discursou
Lembrando um diálogo entre o imperador bizantino Manuel II Paleólogo (1350-1425) com um persa, o Papa ressaltou que o imperador cristão teria dito: “Mostre-me tudo o que Maomé trouxe de novidade, e encontrarás apenas coisas más e desumanas, como sua ordem de espalhar com a espada a fé que ele pregava” e que o Corão não proclama “nenhuma obrigação nas coisas da fé”.
Fonte: internet notícias 15 de setembro de 2006 – 19:05

Bento XVI disse que a “Jihad” (guerra santa) do Islã é contra Deus e que defender a fé com a violência é uma coisa “irracional”. Bento XVI também fez alusão aos conflitos entre xiitas e sunitas e muçulmanos e cristãos.
Fonte: Internet notícias 15 de setembro de 2006

“A visita do papa, na verdade, é para consolidar a campanha das cruzadas contra as terras do Islã depois do fracasso dos líderes do Vaticano.. E uma tentativa de extinguir a brasa do Islã dentro dos irmãos turcos”, afirmou o grupo Al Qaeda.
Fonte: internet notícias 29 de novembro de 2006 – 16:27

No Brasil…
O Papa Bento XVI declarou que os índios foram purificados pela catequização dos missionários, e que devem agradecer o Vaticano pelas bênçãos recebidas.
BRASÍLIA – Líderes indígenas disseram nesta segunda-feira,14/05/07, ter ficado ofendidos pelas declarações “arrogantes e desrespeitosas” do papa Bento XVI,de que a Igreja Católica os havia purificado, e que retomar suas religiões originais seria um retrocesso.
Nota: Acredita-se que milhões de índios tenham morrido no
continente americano em conseqüência da colonização
européia e pela catequização dos Católicos, depois da
chegada de Cristóvão Colombo, em 1492.
O Estado usou a Igreja para fazer o trabalho sujo na
colonização dos índios. Os conquistadores contavam com
a bênção dos sacerdotes católicos, embora alguns destes
depois tenham defendido os índios.
Fonte… internet notícias de14 de maio de 2007 (16:27h).

Comentários…
Pelos seus pronunciamentos parece que o Papa Bento XVI, é a encarnação (para os kardecistas) do Papa Urbano I, que em 1095 estabeleceu a primeira cruzada, com Pedro, o Eremita, para impor o catolicismo a toda humanidade, numa ação que ele (Urbano I) denominou humanitária, levando o bem (cristianismo), à todos, e assim, dar chances da salvação, para aqueles que aceitarem e o inferno para os que recusarem.

O Papa Bento XVI está seguindo esta mesma linha de comportamento, dos Papas das cruzadas. Com suas declarações, numa tendência de polarizar as religiões no Catolicismo, julgando que com essas declarações ele transformaria todos em prosélitos, e assim, ter a chance de oferecer o Cristianismo como única alternativa de salvação.
È um jogo sem chances de sair vencedor, mas o radicalismo não desperta a visão para o sincretismo, e sim para, o egocentrismo, e nisso ele é um ícone dos nossos dias.

Será que podemos seguir o jargão popular?
“Os Católicos tem o Papa que merecem” ou
Bento XVI é um acidente de percurso.
Os Católicos não mereciam isso.

Salvador – Julho – 2007

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA