Biotecnologia para restaurar a visão dos cegos

Exemplo de Pesquisa para nossas universidades

Ciência e Tecnologia

Biotecnologia em Israel para restaurar a visão dos cegos

por Noticias De Israel 30 maio, 2019. O comentário

Yael Hanein, diretor do Centro de Nanociência, Nanotecnologia e Nanomedicina do Instituto Universitário de Tel Aviv, apresentou recentemente os resultados de pesquisas realizadas, nos últimos dez anos em seu laboratório, para criar uma retina artificial capaz de substituir a ação dos fotorreceptores naturais do olho quando são destruídos pela degeneração macular relacionada, à gestação, ou à idade (DMRI).

Esta investigação foi apresentada no dia de Estudo Internacional, organizado em Londres, pelo Solve for X, que é um laboratório de idéias, lançado pela Google, para promover projetos de inovação, que venham enfrentar os principais desafios científicos, usando tecnologia de ponta, chamados “Moonshots Projects”, numa área, entre ciência e ficção científica.

A DMRI, (Degeneração Macular Relacionada à Idade), e causada pela deterioração progressiva da mácula central da retina, causando dificuldade na visão ao focalizar quaisquer objetos, devido aos anos vividos, referindo aquelas pessoas com mais de 65 anos. Com o aumento da longevidade nos países desenvolvidos, esta doença tende aumentar, prejudicando seriamente a capacidade de leitura, em conseqüência disso, reduzindo as pessoas a se atualizarem nas informações dinâmicas dos nossos dias.

Focalização dos objetos.

O sistema visual consiste, essencialmente na capacidade de nosso cérebro, receber e interpretar informação visual, ou seja, biologicamente está estruturada na função da célula nervosa, que recebem raios de luz e os converte em sinais elétricos, fotorreceptores, ionizando o nervo ótico, que vai ao cérebro.

São estes fotorreceptores que sofrem degeneração, quando o paciente na idade avançada, venha ter DMRI. O objetivo da visão computacional é realmente substituir esses fotorreceptores destruídos, por um dispositivo que possa imitar o sistema natural, que venha perceber a informação visual, capaz de ionizar o nervo ótico, levando os sinais ao cérebro.

“Princípio semelhante ao implante coclear do ouvido interno” e acrescentou o Professor Hanein – “Hoje em dia, estas tecnologias, já não fazem parte mais de serem ficções científicas” –

Os protótipos de visão mecânica foram desenvolvidos e testados, há muito no tempo no laboratório, mas eram muito volumosos para uso em cirurgia. O desafio foi desenvolver um sistema mais compacto, que possa ser inserido na cavidade ocular.  Para isso os pesquisadores do laboratório do Professor Hanein, utilizaram nanotubos (cilindros formados por átomos de carbono), inserido-os nos componentes fotossensíveis. Integrados com o polímero bicompatível, estes nanotubos de carbonos, podem gerar um campo elétrico necessário, para ionizar a nova retina.

Os resultados mostram que, os tubos de nanocarbono são ideais para esta aplicação, eles se ligam ao tecido biológico, como se fossem um velcro (junção) natural, com dispositivos fantásticos de ionização, podendo serem usados como eletrodos para estimulação e gravação.

Utilizando um novo polímero condutor, depositado na interface do eletrodo, uma nova retina cega é colocada nesta interface. Nestas condições, quando uma luz entra de uma forma peculiar, a retina nova cega consegue ver.

Conclusões

Confirmamos como tudo funciona e que podemos estimular e restaurar a informação visual da retina, em sistema essencialmente cego, disse o Professor Hanein e concluiu – “O verdadeiro desafio, não é apenas prolongar a vida, mas garantir a todos, boas qualidades de vida, saudáveis e independentes.

Salvador 4 de junho de 2019 – Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA