As Origens das Religiões

As Origens das Religiões

Nos primórdios dos tempos, seres de outras dimensões, vinham trazer mensagens de caracteres científicos e espirituais, mas, essas mensagens não estavam ao alcance das inteligências dos aborígines, assim poucos eram capazes de processar (assimilar) tais mensagens (infelizmente isso acontece até hoje).
Esses mais “sabidos”, tendo consciência dos conteúdos das mensagens, encontravam dificuldades em transmitir para as massas (praticamente analfabetas), o teor dessas mensagens e foi aí, que começou a criação de mitos, símbolos, dogmas, rituais e histórias ingênuas de caracteres parabólicos, para alcançar as concepções daquelas de classes menos esclarecidas.,
No começo, os mitos eram motivos para os cultos, reunidos em torno de um líder, depois, esses cultos, foram ornamentados com dogmas e rituais, foi quando começaram as segregações dos grupos, que tinham as mesmas idéias, os quais deram origem as religiões, que por força do número de gente,criaram suas sedes, para os exercícios desses cultos. Mais tarde essas sedes se tornaram sinagogas, as quais, são as atuais igrejas. Foi quando começaram a aparecer os primeiros intermediários, reivindicando para si, como o dono da verdade e ser a sua religião a única verdadeira, decodificando os mitos e os símbolos, transformando-os em ensinamentos puramente empíricos religiosos.

Com o passar do tempo, os seres humanos, começaram a desenvolver a suas próprias capacidades de pensar e começaram a aparecer os primeiros questionamentos, gerando as dificuldades dos mais sábios, para transmitir aos questionadores os cernes dos ensinamentos. Essa dificuldade existe até os dias de hoje, pois um sábio tem um vocabulário muito mais rico e pode enriquecer o signo (número de palavras que conceitua algo) dos fatos e dos objetos, com pureza de detalhes nas suas explicações.
Já o povo ouvinte, por não possuir riqueza de vocabulário, não poderia decodificar nem processar todas as palavras do sábio. Assim as palavras tornaram difíceis de serem processadas (entendidas), ou serem processadas com parâmetros errados, o que provocava uma conclusão adulterada, pelo povo, sobre o assunto.

Até o ano 960dC, não havia vogal, as pronúncias das palavras eram difíceis, disso resultou que certos ensinamentos não poderiam ser transmitidos a todos, pois não tinham capacidade nem consciência de assimilar tais vocabulários dos ensinamentos, isto é verificado nas escrituras, enxertadas com “parábolas”, “metáforas”, “símbolos”, histórias ingênuas de fatos comparativos e outros artifícios ilustrativos, com a finalidade de despertar interesse nas massas. Assim, podemos imaginar o poder de criatividade, que era necessário, para incutir nos “impermeáveis” aquelas mensagens. Até aí tudo bem, mas exageraram e deu no que vemos no nosso dia-a-dia.

A noção do pecado, criada e estabelecida como parâmetro, pelos Intermediários, para estruturar as religiões, não conseguiu trazer a tranqüilidade necessária para aqueles que a aceitaram.

Todas as religiões são representações diferentes de uma eterna verdade, que nunca será possível sua revelação na sua totalidade, a uma só pessoa, ou mesmo, um grupo de pessoas.
As religiões, foram oriundas de um mesmo núcleo comum, como se fosse um centro de uma esfera, onde está a essência da Divindade, irradiando espiritualidade para a periferia.
Todas as Religiões, tiveram origem nesse núcleo, e tem sempre o mesmo objetivo, encontrar a “Energia Divina – DeusYHWH” –

Com o passar do tempo, a espiritualidade foi se distanciando do núcleo, onde está DeusYHWH, prolongando os raios, expandindo o contorno superficial da esfera, (a periferia).
Na periferia, onde a maioria vive, os intermediários (historiadores, políticos e lideres religiosos), não se preocuparam em transmitir conhecimentos qualitativos (os fatos reais, a ética, a moral e a espiritualidade na sua essência), e sim, transmitirem a essa maioria, o máximo de interpolações nos seus limitados conhecimentos, aumentando a quantidade, sacrificando a qualidade, para alcançar o maior número de pessoas possíveis, daí surgir, as criatividades, dogmas, rituais, mitos, mistério, parábolas, metáforas, histórias ingênuas, diabo, salvação, inferno, céu, purgatório, encosto, etc).

As divergências se dão na periferia dessa esfera, onde ainda não existem as estruturas básicas das consciências; históricas, políticas e religiosas. Onde houver estruturas básicas, haverá consenso de sincretismo, a busca do conhecer-se a si mesmo e a consciência imparcial que mantém o equilíbrio, procurando questionar tudo, sob os aspectos lógico, crítico e espiritual, “Sem medo de Pensar”, sabendo que, todos os conhecimentos transmitidos pelos intermediários, estão interpolados com as criatividades necessárias para alcançar os níveis mais baixos da compreensão. Essas interpolações, feitas pêlos “donos da verdade”, alguns com propósitos de não falarem de suas sabedorias aos incultos, com isso, nivelaram então, por baixo, a qualidade dos originais dos conhecimentos, fazendo com que a facção “menos culta” da humanidade, ficasse ignorante.
Os Filósofos que tinham posses dos conhecimentos mais profundos desse núcleo, preferiram falar em círculos fechados, ao invés de criar artifícios e omitir a verdade, daí os detentores de conhecimentos, terem a tendência de formar grupos fechados.

O conhecimento Esotérico, contribuiu para o nascimento de um novo ser humano. O autêntico Esoterista, tem suas concepções de DeusYHWH, do Universo, da Política, da Religião e da História, completamente diferentes daquelas que os Intermediários (donos da verdade) transmitiram.
Sabe que a Ética não permite, em hipótese alguma, o Esoterista, incluir afirmações (verdadeiras ou falsas), estruturadas em conhecimentos de natureza mitológicas, simbólicas ou subjetivas, nas conclusões das legitimidade de quaisquer assuntos de seu conhecimento.
O Esoterista procura dentro de si, resposta par tudo, e não tendo “medo de pensar”, suas convicções requerem conhecimento de si próprio e uma eterna busca, no desconhecido, de fatos que venham complementar as convicções das estruturas de suas verdades.

Salvador – Julho – 2006/08

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA