O perigo das Crenças nos Intermediários

O Perigo das Crenças nos Intermediários
Quando se aceita “Um Intermediário”, ou seja, uma linha de comportamento que segue, fielmente, uma só Religião, um só livro, um só Guru, um só Mestre, um só autor, o ser humano se acha que com a essa fidelidade ao intermediário, ele encontra a verdade..
Para esses, aqueles que procuram várias religiões, vários livros, vários Gurus, vários Mestres, Vários autores, estão perdidos, são os “Zés Ninguéns”, porque não sabem o que querem e ainda não encontraram a verdade.
O comodismo é muito mais atraente que a busca.
É mais fácil achar que o outro é o Zé Ninguém, do que partir para a busca.
Para os comodistas, os outros já pesquisaram e já publicaram os assuntos que lhes interessa.
Pensando assim… não vale a pena….. fazer nova pesquisa.
Esquecem que a fé não pode e nunca poderá ser superior à verdade.
Estamos na Nova Era, devemos ter consciência que somos mutantes e expectativa que…”a vida é um eterno vir a ser” dito por Heráclito (540 – 480aC.).
Para entender isso, não podemos ser acomodados nem conformados, e sim devemos ser ousados, para não ficarmos estagnados no tempo (hibernados), acreditando em coisas que foram ditas a “n-centos” anos atrás.
Devemos ultrapassar certas barreiras da fé, de certos mitos e de certas histórias, para encontrarmos a verdade.
A fé tem suas limitações, nunca poderá comprovar seu conteúdo, só pode provar que é uma fé. Os mitos foram inventados para facilitar a compreensão dos ingênuos e as histórias foram criadas para facilitar a compreensão de certas mentiras, já a verdade, além de provar seu conteúdo, é eterna e nunca poderá ser modificada com o tempo.
O ser humano é limitado psiquicamente, se não desenvolver seu instinto de observação, que é a chance que ele tem, para sair do lugar comum e romper essa limitação, se isso não acontecer, seu nível de inteligência fica comprometido, ficando seu conceito das
“coisas reais” reduzido. Para compensar isso, ele agiganta sua fé, seu radicalismo, seu medo de ser ignorante, mais não vai muito longe, pois ele se sente prisioneiro dos dogmas, dos mitos e de sua
fidelidade aos princípios que vem seguindo e que satisfaz seu Ego, desenvolvendo nele, um alto grau para o julgamento, com esse pensamento, ele acha que Zé Ninguém é o outro, que para viver como um Zé Ninguém, teria que “sacrificar” certos conceitos que são
“verdadeiros” herdados de fontes verdadeiras, o que é um absurdo, pois teria que destruir todo um conhecimento de “n-centos” anos de tradição e começar
tudo de novo……. é loucura…..não vale a pena.

Salvador 22 de maio de 2005
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA