Conheçam a Septuaginta onde está o Original da Bíblia

Conheça a Septuaginta a maior obra social & Religiosa
Onde está o Original da Bíblia

Após a divisão do império Macedônio, deixado por Alexandre em 323aC., a Judéia, entrou num período conturbado, com muitos conflitos religiosos, numa instabilidade social, cabendo a dinastia dos Ptolomeus, a responsabilidade de restaurar a ordem.
No domínio dos Reinados dos Ptolomeus, que foi de 312aC. a 125aC., houve um desenvolvimento cultural surpreendente.
Com o Rei Ptolomeu II (309 – 247aC.), o Filadelfo, Alexandria atingiu seu apogeu no ano 281aC., sendo considerada o Pólo Cultural do Mundo, com a famosa Biblioteca de Alexandria, onde eram encontrados todos os conhecimentos sobre quaisquer assuntos da época. Com mais de cinco milhões de obras, em línguas e materiais diferentes, além de inúmeros dialetos de várias regiões.
A Biblioteca de Alexandria foi destruída e queimada na revolta contra Cezar no ano 48aC.
Também o Rei Ptolomeu II, que era admirador de Aristóteles (384 – 322aC), deu continuidade aos ensinamentos, deixados pelos Filósofos, suas idéias e conceitos, deu também, continuidade a todo segmento, que Aristóteles, tinha codificado, para estabelecer o relacionamento dos gregos com as tradições Judaicas, para que todos tivessem conhecimento dos escritos deixados pelos massoretas, gnósticos, hierofantes e prísters.
Com a idéia sugestionada por um dos seus assistentes, Demétrio de Falero, o Rei Ptolomeu III, em 274aC., iniciou a busca em todos os “cantos do mundo”, dos sábios, dos pregadores anônimos e daqueles que tinham conhecimento Gnósticos.
Essa busca teve continuidade, nos Reinados dos Ptolomeus, mas foi com Ptolomeu VI, o Filometor (reinado de 181 a 142aC.), que conseguiu reunir na cidade de Alexandria, o grupo para estudar aquelas obras concatenadas por Parmenêdes, Pitágoras, Heráclito, Sócrates, Platão e Aristóteles e organizar todas as Literaturas existentes, sobre tudo, em diferentes caracteres de linguagem e de vários locais.
Coube o Imperador Ptolomeu VII (reinado de 143 a 126aC.), finalizar este trabalho, que na época, contava com “setenta sábios ecléticos”, que estavam colaborando na tradução para o Grego, condensando numa única obra (sendo a maior obra literária da época), que foi intitulada O Livro dos Septuaginta (dos 70), conhecido por LXX na literatura Católica.
A Plêiade, era formada por uma classe eclética composta por:
Gnósticos, Hierofantes, Prísters, Profetas, Inspirados Doxógrafos, Massoretas, Demiurgos, Sábios, e Curandeiros.
Esse grupo tinha pessoas de diversos lugares (países), eram super conhecedores ecléticos, quase adivinhadores, com a incumbência de organizar todas aquelas publicações, até aquela data, que estavam catalogadas principalmente pêlos gregos:
Pitágoras (582 – 496aC), que viajou, cerca de dezesseis anos, para concatenar a maioria desses ensinamentos.
Sócrates (469 – 399aC), com sua dialética, questionou todos esses ensinamentos.
Platão (427 – 348aC), que organizou e deu uma forma estrutural a esses ensinamentos, formando o mundo da idéias, para tornarmos conscientes do que seja Monismo.
Aristóteles (384 – 323aC), que procurou codificar todos esses ensinamentos, com idéias e conceitos de cada segmento.
A Septuaginta foi concluída no ano 132aC. A partir do ano 132aC, a Septuaginta, passou a ser utilizada, como obra básica, considerada original para todos os códigos de comportamentos e todas as Religiões.
Todas as Religiões foram buscar, “às suas maneiras”, seus conteúdos na Septuaginta (LXX), usando esses conteúdos, como “base fundamental” de cada Religião, para publicarem seus respectivos Livros Sagrados.
Como a Septuaginta continha todos os assuntos, sobre Religiões, comportamentos humanos, códigos de éticas, Leis sociais, regulamentos sociais, códigos disciplinares, Leis de propriedades, enfim todo que se possa relacionar com os comportamentos humanos, desde 4850aC., concatenadas de todas as nações daquela época, em vários caracteres e vários dialetos.
Assim todos os Livros Sagrados anteriores, sofreram acomodações nos seus originais, para se atualizarem numa linguagem mais rica em vocabulários, e também, para se adaptarem aos costumes da época.
A classificação como “autores inspirados”, de naturezas Divina, dos Livros da Bíblia, foi elaborada no ano 90, no Concílio Rabínico de Jâmnia, quando os Judeus copiaram da Septuaginta, os trechos que mais lhes interessavam e batizaram como “Livros Sagrados”, agruparam esses Livros num só volume, com título “As Escrituras Sagradas do Torah”, estabelecendo que era a “Palavra de Deus”.
O original era grego e não hebraico.
É lamentável que poucos têm acesso a Septuaginta (de onde foi copiada a Bíblia atual), cuja cópia, está a “sete chaves” na biblioteca do Vaticano.
Em 312, o Imperador Flávio Augustus Constantino (281 – 337), se converteu ao Cristianismo (mistura do judaísmo com hebraico), aliando a Igreja ao Império, copiando com adulteração alguns trechos dos originais da Septuaginta, introduzindo nos comportamentos religiosos, rituais e dogmas pagãos, existentes na época, para tornar o Catolicismo, a Religião oficial do império, com plenos poderes, para a côrte e para o clero.
Em 381, O Papa Dâmaso I (papado 378 a 387), convidou São Jerônimo (347 – 419), para escrever a Vulgata, (hoje a Bíblia) copiando da Septuaginta os trechos compatíveis com a Igreja Romana e introduzir os 27 livros dos Evangélicos.
São Jerônimo iniciou a escrita, de nossa Bíblia, em 383, e só terminou em 386, com os 42 Livros do Velho Testamento, copiados da Septuaginta, dos 297 Unciais (Bíblia Romana), do Concílio de Nicéia (325) e introduzir o Novo Testamento com os 16 apóstolos, 2 Narrações e 17 epistolas de São Paulo. Ao fazer a cópia dos 35 Livros do Novo Testamento, São Jerônimo, só transcreveu 25 Livros (4 evangelhos, 2 narrações e 17 epístolas), só considerando os Evangélicos Canônicos, interpolando os trechos do Zoroastrismo, que falavam de ahrimam (satanás), deixando de fora “Os Evangelhos dos Apócrifos, em número de oito e quatro Gnósticos”, por contrariarem algumas de suas idéias e dos costumes do povo Romano.
Assim foi concebida a nossa Bíblia, inicialmente chamada de Vulgata.
A nossa Bíblia original deveria ter 77 livros, mas São Jerônimo, escreveu apenas 65 livros.
Os Evangélicos estão assim classificados:
Canônicos…(4)… Matheus, Marcos, Lucas e João
Apócrifos…. (8)…Thomé, Felipe, Thiago, Pedro, Nicodemo,
Dos Hebreus, Dos Doze e Dos Egípcios..
Gnósticos….(4)… Barnabé, Bartholomeu, Ebionitas e Nazarenos.

Salvador 25 de julho de 2005
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA