Calendário Gregoriano

Calendário Gregoriano

Em 325 d.C., quando o Concílio de Nicéia se reuniu para definir a época da Páscoa, entre outros assuntos, já se havia percebido que o equinócio da primavera, fixado por Júlio César para 25 de março, estava ocorrendo já em 21 de março. Os bispos então tornaram a fixar o equinócio da primavera para 21 de março nos anos comuns, e 20 de março nos anos bissextos. Mas isso apenas atualizava o equinócio, não corrigindo ainda a duração do ano.
Foi somente em 1582 que o papa Gregório XIII (1512-1586) efetuou a reforma no calendário, quando já havia um atraso de 10 dias da data do equinócio (estava ocorrendo no dia 11 de março e não no dia 21 de março).
As modificações introduzidas com a reforma gregoriana foram as seguintes:
1 – Supressão de dez dias do calendário, conforme abaixo:
A quinta-feira, dia 4 de outubro de 1582,
Passou a ser sexta-feira, dia 15 de outubro de 1582
Essa alteração permitiu, que o equinócio da primavera,
voltasse a coincidir com a data estabelecida pelo Concílio de Nicéia.
2 – A ausência de anos bissextos durante três anos em cada
período de 400 anos. O primeiro destes ciclos começou em
1600, que foi bissexto, mas 1700, 1800 e 1900 não foram
bissextos, já em 2000 foi. Desse modo, após três anos
seculares comuns, haverá um bissexto. Assim só serão
bissextos os anos seculares divisíveis por 400. No calendário
Juliano, todos os anos seculares eram bissextos.

Como as referências cronológicas eram baseadas por muitos sistema, os romanos começavam a contagem dos anos a partir do ano 753aC, ano da fundação da cidade de Roma, (era romana), estabelecida por Varrão, ora pela era de Diocleciano ou a era de César, este sistema foi usado também por povos conquistados pelos romanos por muito tempo, embora existissem outros como; a era Nabupolassar, a era dos Mártires.

O Monge Dionísio, o Pequeno, era grego e viveu em Roma entre os anos 500 e 545, traduziu do grego para o latim diversas obras eclesiásticas, inclusive as Decretais dos concílios.
Ao elaborar a tabela das Páscoas para uma série de anos, como ainda não existia, a data do nascimento de Jesus, resolveu incluí-la.
Em 523, Dionísio, propôs especificamente para os cristãos, uma era que tivesse como ponto de partida, a data de nascimento de Jesus como referenciais para a contagem dos tempos, estabeleceu que esta “era” a data do nascimento de Cristo. Ele próprio fez os cálculos para saber, em que ano Cristo teria nascido. Uma tarefa muito difícil. Após muitos estudos, chegou a um resultado faccioso, publicando uma tabela, que propunha, pela primeira vez, a data de 25 de dezembro para o nascimento de Jesus, estabelecendo que se começasse a era cristã, com “um ano tal”, cujos dias do mês e cujos dias das semanas, coincidissem com os mesmos dias do mês e das semanas do ano U.A.C. (Ab Urbe Condita), que significa a data da fundação de Roma, assim o ano 1 da era cristã, ficou defasado do ano U.A.C., exatamente 753 anos, que passou a ser ano 753aC..
Mais tarde foi descoberto que Dionísio cometeu um erro de 5 anos.

Em 525, com a confirmação da proposta do Monge Dionísio, pelo
Papa João I, ficou estabelecido que o ano 1, referenciando o ano de 753aC., seria o marco da era Cristã.
Por incrível que pareça, o ano 1, como marco da era cristã, demorou muito tempo a ser usado.
A Inglaterra, só oficializou a era Cristã; em 705.
A França só oficializou no ano 742,.
A Alemanha só oficializou no ano 876
Portugal, somente oficializou em 1422, durante o reinado de D João I.

Passados 1.200 anos, que foi estabelecido a idéia de Dionísio, o Pequeno, os estudiosos sobre cronologia, confirmaram em 1730, que ele havia cometido um erro de 5 anos para menos.
O sistema não foi alterado. Cristo nasceu no ano 5aC. da era cristã.

Santos – junho – 2008
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA