A História dos Papados

A História dos Papados

O Papado como conhecemos, desenvolveu-se gradualmente, em parceria com o Império Romano, desde o princípio do Império.
A partir do ano 312, quando o Imperador Romano, Flávius Aurélio Constantino (281 – 337), se converteu no cristianismo, aliou-se à igreja, passando o controle das igrejas, para o Estado.
O Papado não foi instituído por Cristo, como se propalam, que Cristo havia dito para Pedro – “tu és Pedro, sobre ti construirei a minha Igreja”, e nem pelas igrejas, como muitos pensam.
Naquele época ninguém supunha que ” São Pedro tinha sido Papa ” – Ele era casado e não teve tal ambição.
A figura do Papa, é intrusa no Cristianismo e não tem respaldo na Bíblia, foi conseguida com acordos, com muita politicagem e bajulações aos imperadores.

Veja como surgiu o Papado.
Em 351, Hósia, Bispo de Córdoba, procurou alertar o Imperador Flávio Júlio Constâncio (317 – 361 – filho de Constantino, que foi Imperador de 337 a 361), para não se interferir nos assuntos eclesiásticos, procurando definir as áreas de atuação da Igreja e do Estado, mas não teve êxito, o Império estava muito forte e as Igrejas estavam sem autonomia.

Em 402, o Papa Inocêncio I (papado 401 a 417), numa auto afirmação, estabeleceu que: – “Eu, Governante das igrejas de Deus, exijo que todas as controvérsias eclesiásticas sejam trazidas a mim”. Mas só ficou nas palavras, o Imperador não deu crédito na Bula papal, nada modificou.

Em 440, o Papa Leão I, o Magno, (papado 440 a 461), preocupado com a instabilidade de crédito da religião católica (herança da hebraica) e a diversificação dos conceitos que estava confundindo os religiosos, provocando a dispersão dos fiéis, com muita influência do Estado, além das influências de líderes de várias facções religiosas, inclusive pagãs, resolveu então, o Papa Leão I, impor respeito ao Clero, prescreveu que:
: -“Aquele que resistir a minha autoridade, poderá ir para o inferno” –
Este Papa só conseguiu estabelecer sua autoridade, bajulando o imperador Valentiniano III, cujo reinado foi do ano 425 a 455.

Em 445, o Papa Leão I, conseguiu sua pretensão, tornou-se o primeiro Papa. Como Papa, passou a exercer sua autoridade, sobre todas as igrejas, as quais estavam nas mãos do Estado, desde do ano 312.

Os historiadores comentam que “O Papado emergiu das ruínas do império romano que se desintegrava. Mas um Papado com idéias adulteradas, com estrutura de autoritarismo. Realmente, o Papado nascia com uma herança do Império… o autoritarismo.
O Papa Leão I, com mãos de ferro, passou exercer seu autoritarismo sobre as igrejas católicas e impondo o latim como língua oficial da religião”.

Em 451, foi o Papa Leão I, que propôs “um Líder que fosse de grande projeção” que pudesse monopolizar a Fé. Convocou todos os 521 bispos existentes na época, para promover o Concílio de Calcedônia (cidade do Bósforo) e emitiu sua Carta Dogmática, Tomo a Flaviano, (patriarca de Constantinopla), estabelecendo os conceitos consensuais que definiriam Jesus, como entidade Divina, para a religião Católica, estabelecendo também as duas naturezas de Jesus, com dogmas e rituais, para a natureza Divina e para a natureza humana, esclarecendo todas as dúvidas dos fiéis.
Assim nasceu o Papado que conhecemos nos nossos dias
Salvador 09 de junho de 2007 – Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA