A Finalidade das Religiões

A finalidade das Religiões

As religiões têm por finalidade reunir um povo em torno de um comportamento padronizado, ético e auto disciplinado, procurando satisfazer as necessidades psíquicas e físicas, de todos, sem a necessidade da imposição coercitiva, tornando uma comunidade fraternal.

As religiões não devem ter resultado imediato, mas a natureza humana cobra resultados imediatos, daí as migrações religiosas, com fanatismo e as promessas dos intermediários, de resolver de imediato os problemas de cada um de seus fiéis.

As religiões deveriam alcançar suas finalidades, mas os artifícios criados pelos intermediários, alegando que os livros sagrados foram escritos com sentidos simbólicos, dando as interpretações mais convenientes, que possam amedrontar os inocentes, daí os resultados, nem sempre coincidir com os ensinamentos originais.

No fundo todos buscam o DeusYHWH, mas de maneiras diferentes. Alguns para resolver seus problemas materiais, esquecendo que Jesus disse; “o meu Reino não é desse Mundo”, no entanto, acham que DeusYHWH, deve resolver seus problemas decorrentes de suas incapacidades. Ha outros que recorrem a DeusYHWH, com muita bajulação, alias é o mais comum, ignoram que, onde há bajulação, não há sinceridade, não há competência, aí fica difícil, a iteração com a Divindade.

O Cristianismo nasceu no ano 545aC., nas Dinastias dos Faraós Ahmés (569 a 525aC.), com objetivo de unir o povo, numa sociedade justa. Foi desenvolvido e regulamentado por Platão no ano 390aC., atingiu a Apoteose com Jesus Cristo no ano 28dC., transmitindo à humanidade, a Unicidade (tudo é DeusYHWH) e pregando a fraternidade entre os povos, numa mensagem de amor incondicional dos ensinamentos Divino, sem nenhum interesse material. Infelizmente, os intermediários modificaram esses ensinamentos, estabelecendo regras para esse amor, condicionando-o aos cumprimentos de dogmas, de mitos e de rituais, numa Teologia que impõe um comportamento ao ser humano, que o limita na barreira da fé, em troca de alguns falsos benefícios e a salvação.

O Cristianismo continha a reencarnação no texto original, isto foi comprovado nos pergaminhos descobertos em 1945, em Nag Hammandi, localidade próxima a um lago formado pela represa do Rio Nilo, no Egito.
Os pergaminhos gnósticos originais, foram queimados como heresias. As alterações nas redações, dos textos nos pergaminhos, foram confirmadas, no I Concílio de Constantinopla, em 381.
Em 553 o Papa Virgílio (papado 538 a 555), atendendo pedido da Imperatriz Theodora, aprovou, (numa decisão política, por interesses do Império Bizantino), no II Concílio de Constantinopla (ex Bizâncio e atual Instambul). No Concílio, foi eliminada da literatura Cristã, a concepção da Reencarnação, substituindo-a pela Ressurreição.
A Bíblia não traz o trecho que Jesus fala de reencarnação, apenas dá uma ligeira idéia em I Samuel 28, 12 e 13… em Matheus 11, de 13 a 15…em 17, de 1 a 3….e….de 10 a 13, Marcos 9, de 11 a 13….. e João 3, 3
O Cristianismo ficou com um problema sério. Acreditando num Deus Criador, onisciente, justo e benevolente que permite um mundo cheio de iniqüidade e um diabo que joga livre em todas as áreas, influenciando seus fiéis, para as coisas que não prestam.

São Jerônimo, religioso fanático, deu à reencarnação uma interpretação, conforme os costumes da elite católica da época.
O pensador e Padre Adamantius Emanuel Orígenes (185 – 252), que era reencarnacista, em seu Livro “Princípio dos Princípios”, traduziu a origem do Universo conforme a Septuaginta, em “Hexapla”, fez comentários sobre o Velho Testamento contido na Septuaginta, e em “Tetrapla” fez comentários sobre os dez Livros dos Evangelhos.
Em todas essas obras, relata claramente as palavras proferidas por Jesus Cristo sobre a reencarnação, mas os livros foram condenados como heresia, no 2o. Concílio de Constantinopla, convocado pelo Imperador Justiniano no ano 553.

A religião organizada, aliada ao imperialismo, por volta do ano 325 de nossa era, com fins lucrativos, sem seu componente espiritual, perdeu a conexão com a Divindade substituindo a espiritualidade vivenciada, pelo poder, pelos dogmas, rituais e pseudo moralismo, tornando-se uma instituição, que explora as necessidades espirituais humanas, sem satisfazê-las, transformando seus fiéis em pessoas interessadas em salvação, e julgadoras de outras religiões.

Uma análise desses textos, com consciência, dentro da lógica e sem medo das falácias dos intermediários, podemos concluir que:
1) As histórias da criação do mundo
2) A origem da humanidade.
2) A imaculada concepção.
3) Os nascimentos e mortes de personagens divinas.
4) As tentações do diabo
5) Os milagres realizados.
6) Os julgamentos de outras religiões.
7) O senso de justiça Bíblico.
8) As interpretações simbólicas.
9) As canonizações dos santos.
10) A imaginação dos “inspirados”.
11) O poder bélico de Josué.
12) A história do dilúvio.
13) A torre de babel.
São narrações sem lógica, que assolam as literaturas religiosas, nos levando a crer que tudo isso, pertence:
a) Ao reino dos contos das ficções mitológicas.
b) Os relatos registrados nos cadernos de anotações de Psiquiatras.

Devemos ter consciência e expectativa que a vida é um eterno vir a ser, pensando assim, não devemos temer as falácias dos “donos da verdade”, e sim, sermos corajosos nos pensamentos e nas ações, buscando complementar a nossa verdade no desconhecido.

É isso aí meus amigos, lembrando que não sou dono da verdade e nem procuro convencer a ninguém a acreditar no que escrevo. .

Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA

Salvador 18 de julho de 2005/08