O Ser, a Alma, o Eu e suas Funções

O Ser, a Alma, o Eu e suas funções

Para compreender esta crônica, devo estabelecer os significados dos seguintes:
1) – Se ir, é ser mutante e ousado, para buscar o
complemento da verdade, no desconhecido.
2) – Se ficar, é não ser mutante e acomodado,
para buscar, a verdade, na imitação dos intermediários.
2) – Se disponibilizar, é administrar o Eu para aceitar as alternativas
da vida, por compreensão e não por repressão.
Os estágios (mutações) de uma personalidade, descrevendo as instâncias do Eu, seus desejos, suas construções, seus amores, seus deslizes com estágios alternativos, ora superiores, ora inferiores, mostrando o vazio do se ficar (não mutante, o conhecido), ao sentir o se ir (mutante no desconhecido).

Friedrick Nietzsche (1844 – 1900) em sua filosofia, considerou “Se ir, como forma definitiva, (mutante, o Eu sente inseguro no desconhecido) sem considerar o vazio do se ficar”. Essa posição isolada, colocada por Nietzsche, não pode mudar o Eu de sua instância, já que o Eu, não pode desagregar do seu princípio básico do se ficar (não mutante, o Eu sente mais seguro no conhecido).

Nos somos uma tríade; Ser, Alma e Eu
A Alma, como responsável, pelas decodificações das mensagens do Ser, para os cinco sentidos do Eu, e pela colheita das experiências vivenciadas pelo Eu, deverá conscientizar o Eu, da necessidade de uma convivência harmoniosa entre os três (Ser, Alma e Eu), para que Ele (Eu), possa ter êxito, se disponibilizando para se ir, na busca do complemento da verdade no desconhecido. Também é preciso que o Eu saiba reconhecer e compreender, a sistemática do vir a ser, ora, mutante, para se disponibilizar na instância do se ir, ora, não mutante para se disponibilizar na instância do se ficar.
Esta colocação, nos permite perceber a sutileza do grau de evolução, nos estágios (mutações) de uma personalidade.
Como exemplo, temos:

Patañjali (684 – 602aC.), que foi o idealizador da filosofia do Yoga, percebeu a sutileza de se ir, se disponibilizando nas reflexões das vivências com sua Alma, sobre o “interior dos interiores”.
Joahan Wolfang Goethe (1749 -1832), também percebeu essa sutileza, de se disponibilizar antes de se ir, ao conhecer a filosofia da Cabala.

Biologicamente devemos compreender que:
O nível de condensação de energia numa determinada área do cérebro, nos componente dos neurônios, é que distingue quem usa mais a mente do que outro. Os disparos iônicos (elétricos) em determinada área, condensam energia nos neurônios dessa área, estimulando o cérebro, com energia de insatisfatoriedade, a qual irá despertar no Eu, o se ir, buscando novos objetivos, nas áreas desconhecidas, é aí que aparece a inteligência.
Como todos os neurônios, formam uma malha energética única, a condensação de energia numa determinada área, facilita os neurotransmissores (hipotálamo), a aumentar o nível de energia iônica em toda a malha neurônica do cérebro, a qual irá despertar no Eu, o se ficar, criando nele, a possibilidade de permanecer naquele estágio de satisfação.
A virtude pela qual se conhece a realidade e se exerce controle sobre o Eu, é o fator principal para o se ir.

Quando um ser humano crê que sua mente, pode ser um potencial para levar as “coisas ruins” (influenciadas pelo satanás, que não existe), está renunciando o se ir, gerando nele o medo de questionar e criticar, aí…sentirá necessidade de obedecer passivamente, no se ficar, obedecendo os intermediários, embotando a mente involuntariamente, em nome de uma Religião.

O caminho da verdade é um caminho virgem, só e somente a pessoa, no se ir, poderá desvendar esse caminho sozinho.
A verdade é encontrada por si próprio. É o que vai estruturar o Nível do Estado de Consciência de cada um, geralmente não coincide com a verdade, que os intermediários vêm transmitindo, repetitivamente ao longo desses “n-centos” anos.
A descoberta desta qualidade, está no se ir, que deve ser sua….é o auto conhecimento, que não pode ser ensinado a ninguém.
É uma das rotas que nos identificam; com a realidade, com o verdadeiro e com o Ser (partícula de DeusYHWH), que vive em nós.
À medida que o ser humano se desenvolve, no se ir, passa ter consciência, que vai perder a Liberdade de fazer as coisas que no Estado de Consciência anterior pareciam lícitas.
A cada estágio sucessivo (mutações), do estado de consciência, o ser humano, aperfeiçoa sua natureza de amor e sua intimidade com DeusYHWH.

O condicionamento (se ficar), leva o ser humano a resistir uma idéia nova.
O ser humano ainda vacila em se admitir como um ser mutante (se ir).
Mudanças, implica em relatividade e absolutismo do Eu, ou seja ser o sou ou ser o que estou.
É assim. No entanto, a humanidade está sempre preferindo imitar os outros (se ficar) ao invés de pesquisar (se ir), encontrando novos horizontes, com raciocínios próprios..

A maneira mais confiável de saber os assuntos é o auto conhecimento nas pesquisas, do se ir, questionando a nós mesmos, vivenciando e raciocinando sobre o nosso relacionamento com nossos semelhantes.

A maioria da humanidade, está num estágio de “Nível de Estado de Consciência”, que não sabe o que seja a Unicidade.
Não têm consciência da presença do Ser, (partícula Divina), dentro de Si.
Não têm consciência do que seja a ausência do Ser (partícula Divina), dentro de Si
No entanto, se julga ter a consciência da ausência do Ser (partícula Divina), nos outros.

Salvador 21 de maio de 2005
Charrir Kessin de Sales – OJÉNNA